Abin tentou ‘se blindar’ após 8 de Janeiro, e ex-GSI pediu nome fora de relatório, revelam mensagens
Ao longo dos dias que antecederam o 8 de Janeiro, a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não acreditava no potencial dos ataques às sedes dos Três Poderes, mesmo tendo acesso a informações do planejamento dos extremistas feito em redes sociais e no acampamento no Quartel-General do Exército, em Brasília, revelam mensagens obtidas pelo R7. Dois dias antes do ataque às sedes dos Três Poderes, o risco de uma ação violenta chegou a ser apontado como "bravata" pela Abin.
As mensagens foram trocadas entre o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Gonçalves Dias, o diretor-adjunto da Abin, Saulo Moura Cunha, e o secretário de Planejamento e Gestão da agência, Leonardo Singer. Gonçalves Dias recebeu cerca de 20 relatos de Cunha nos dias anteriores à ação dos extremistas dando conta do baixo risco de uma ação violenta, mas foi só na manhã do dia 8 que ele reconheceu: "Vamos ter problemas".
As mensagens também revelam como dirigentes da cúpula da Abin chegaram a discutir um plano para se blindarem "de todas as formas, mas sem relar no G. Dias", que envolveria até "conseguir um espaço" com alguém próximo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
r7
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