06/04/2023

FUTEBOL: LIGA PODE PAGAR R$ 33 MILHÕES AO ABC

ABC pode receber R$ 33 milhões da Liga

Enquanto a queda de braços entre a Liga Forte Futebol (LFF) e a Libra, não se resolve, os dois grupos vão realizando projeções de entrada de recursos e divulgando quanto cada um dos seus associados irá receber. O ABC, apesar de ainda não ter anunciado formalmente a qual dos grupos que lutam para implementar suas ideias para Liga Nacional, já sabe a quanto terá direito confirmando a adesão ao grupo da Liga Forte. As projeções são de que o clube potiguar coloque em caixa cerca de R$ 33 milhões.

A quantia começará a ser paga a partir do momento em que houver a adesão à proposta apresentada pela gestora brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management. O total de investimentos a ser pago aos integrantes da LFF será de R$ 2,232 bilhões. O bloco divulgou que 24 dos 26 clubes já haviam aprovado a assinatura do contrato. Em troca desse pagamento, a investidora terá direito a 20% das receitas comerciais geradas pelos clubes na futura liga brasileira durante um período de 50 anos.

O primeiro pagamento, de 50% do valor total, será feito em até 60 dias após o envio do contrato para a investidora. Após a primeira parcela, o clube irá receber outros 25% dentro de um ano. Os 25% finais serão quitados seis meses depois da segunda parcela.

Segundo a LFF, a divisão se baseou em critérios como audiência e desempenho no Brasileirão da Série A desde a criação do campeonato de pontos corridos, em 2003. e partindo desta classificação, o Internacional terá direito ao maior aporte: R$ 218 milhões. Atlético-MG (R$ 217 milhões) e Fluminense (R$ 213 milhões) completam o top 3.

No cenário feito pela “rival” Libra, que defende um repasse menor para os clubes fora da elite do futebol nacional, o Flamengo, clube de maior audiência no período analisado pelo bloco, receberia R$ 398,2 milhões, seguido por Corinthians (R$ 354,8 milhões), São Paulo (R$ 305,1 mi), Palmeiras (R$ 294,6 mi) e Fluminense (R$ 264,6 mi).

Hoje, a divisão é feita da seguinte forma: 29,7% igual para todos os clubes, 22,2% de acordo com performance (classificação no campeonato) e 48,1% com base em audiência. Na transição proposta pela Libra, 40% seriam iguais para todos, 30% de acordo com performance e 30% com audiência. No "modelo ideal", as receitas seriam divididas 45% igualitário, 30% performance e 25% audiência.

No modelo da Libra, há também uma mudança na forma como a performance é calculada. Hoje, a CBF premia os clubes de acordo com a classificação final a cada ano. Já a Libra defende a criação de uma fórmula que passe a considerar as três últimas edições do torneio.

Nesse cenário, os quatro clubes rebaixados em um ano, por exemplo, também poderiam ter direito a uma pequena fatia do "bolo total" de receitas, algo que não acontece hoje com a CBF comandando a organização.

A diferença do Flamengo para o Cuiabá, ou seja, entre o clube que mais arrecadou no campeonato com o que teve a menor receita, seria de 3,34 vezes nessa simulação. Essa relação é um dos pontos que hoje ainda separa a Libra da Liga Forte Futebol (LFF), que reúne outros clubes do futebol brasileiro, incluindo Atlético-MG, Fluminense e Internacional. A defesa do modelo da LFF é que a diferença entre quem tem a maior arrecadação com quem tem a menor seja de 3,5, número de muitas das principais ligas do mundo.

Injeção financeira

Divisão da receita total da LFF

Internacional: R$ 218 milhões
Atlético-MG: R$ 217 milhões
Fluminense: R$ 213 milhões
Athletico: R$ 203 milhões
Coritiba: R$ 159 milhões
Goiás: R$ 152 milhões
Sport Recife: R$ 139 milhões
Ceará: R$ 121 milhões
Fortaleza: R$ 121 milhões
América-MG: R$ 116 milhões
Avaí: R$ 94 milhões
Chapecoense: R$ 94 milhões
Juventude: R$ 93 milhões
Atlético-GO: R$ 91 milhões
Criciúma: R$ 62 milhões
Cuiabá: R$ 57 milhões
CRB: R$ 43 milhões
Vila Nova: R$ 38 milhões
ABC: R$ 33 milhões
Londrina: R$ 33 milhões
Tombense: R$ 26 milhões

TN

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