Plano de paz de Lula é tido como improvável em conversas sigilosas na ONU
A proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar um grupo de mediadores para buscar uma saída para a guerra na Ucrânia é vista como uma possibilidade distante e ainda improvável de acontecer, pelo menos no curto prazo.
Se em declarações públicas, governos de ambos os lados do conflito insistem que querem a paz e que estão dispostos a falar sobre projetos, como o do Planalto, a realidade em salas fechadas e longe da imprensa é que tal iniciativa não está sendo considerada como realista. O obstáculo não seria o Brasil. Mas a ausência de uma real vontade política das partes envolvidas no conflito para abandonar a via militar.
O UOL teve acesso exclusivo aos bastidores de reuniões na ONU e a troca de impressões entre alguns dos principais chefes da diplomacia internacional. A constatação é de que nem ucranianos e nem russos querem, hoje, uma mediação para o conflito.
Lula, desde que assumiu o governo, vem tratando com líderes estrangeiros a possibilidade da criação de um grupo de países que possam dialogar e buscar um caminho para um eventual cessar-fogo.
Mas o tom nos corredores das Nações Unidas e nas chancelarias em diferentes capitais do mundo é de pessimismo e uma narrativa ainda bélica que toma conta da tomada de posições por parte dos principais interlocutores. Não se descarta que, eventualmente, o projeto brasileiro possa ser retomado. Mas o momento não teria ainda chegado e que negociadores admitem que não existem condições políticas para que o plano se consolide.
Com informações do UOL
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