04/02/2023

CARNAVAL: REI MOMO SÍMBOLO DO CARNAVAL - POR QUE CEARÁ-MIRIM NÃO TEM?

Rei Momo é um personagem da mitologia grega que se tornou um símbolo do Carnaval.

Na mitologia grega, Momo (Reclamação) era uma das filhas que a deusa Nix, personificação da noite, teve sem um pai, ou com Érebo.

Momo foi escolhida para julgar qual deus, dentre Zeus, Poseidon e Atena, poderia fazer algo realmente bom. Zeus fez o melhor dos animais, o Homem, Atena fez uma casa para as pessoas morarem, e Poseidon fez o touro. Momo, então, que ainda vivia entre os deuses e tinha o hábito de não gostar de nada, criticou o touro porque não tinha olhos em baixo dos chifres que o permitissem mirar os seus alvos quando ele fosse dar uma chifrada, o homem por não ter uma janela no seu coração para que o seu semelhante pudesse ver o que ele estava planejando, e a casa porque ela não tinha rodas de ferro na sua base para que ela fosse movida.

História

O Rei Momo parece ter surgido em Espanha, sob a forma de um boneco que se queimava, como forma de suavizar um costume antigo mais brutal, simbolizando a morte de Jesus Cristo propiciadora da sua ressurreição.

Surge na literatura espanhola já no século XVI, na obra de 1553, "El Momo. La moral y muy graciosa historia del Momo: compuesta en latín y trasladada al castellano por Agustín de Almacan. En Alcalá de Henares". Correm então várias historietas sobre esta personagem burlesca.[5] A novela picaresca espanhola La pícara Justina, publicada pela primeira vez em 1605 em Medina del Campo, alude ao Rei Momo, parodiando-o como Rey Mono, ou seja, Rei Macaco: "Ya guisa del rey Mono, hizo su trono", e "Hizo de las capas un trono imperial, poniendo por respaldar dos desaforados cuernos, parecía rey Mono puramente." Salas Barbadillo volta a recolher esta tradição e personagem em 1627, na sua obra Estafeta del rey Momo.

Esta figura apareceu em 1888 no Carnaval de Barranquilla, na Colômbia, como vestígio do Rei Burlesco da Antiguidade, sob a forma de uma personagem alegre e foliona que substitui o antigo Rei Momo, a qual era coroada nos salones burreros de Barranquilla. Este concedia a licença que autorizava a desordem carnavalesca com bombos, pratos e maracas, parodiando o cerimonial solene dos ministreis do Palácio que outrora saíam nos tempos coloniais à praça pública a ler os éditos dos vice-reis. Os costumes de nomear o Rei Momo ainda continua até os dias de hoje em Barranquilla, e o rei deve caracterizar-se pela sua permanente alegria e simpatia, estando encarregue de organizar o Desfile del Sur na calle 17 da cidade.

Pela mesma época o enterro do Rei Momo era festejado no Carnaval de Montevideu, sendo-lhe dedicadas quadras, como esta de 1892: "El Rey Momo ya murió / lo llevamos a enterrar / envuelto en una mortaja / de ajo, pimienta y sal...". Esta figura substitui na abertura dos corsos carnavalescos o clássico espanhol Marqués de las Cabriolas.

WIKIPÉDIA

Nenhum comentário: