21/06/2022

PLANO DE LULA PARA MILITARES E FORÇAS ARMADAS CASO SEJA ELEITO

Qual é o plano de Lula para os militares e as Forças Armadas se for eleito

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinaliza uma série de mudanças que deve impactar na presença e atribuições dos militares no governo, caso ele seja eleito em outubro. Na prévia do plano de governo, divulgado no começo de junho, a campanha do PT afirma que as Forças Armadas atuarão "estritamente" dentro de suas funções constitucionais – que, basicamente, é cumprir suas obrigações militares de defesa nacional. E que só vão agir em outras áreas sob subordinação dos poderes civis.

"Cumprindo estritamente o que está definido pela Constituição, as Forças Armadas atuarão na defesa do território nacional, do espaço aéreo e do mar territorial. A partir de diretrizes dos Poderes da República, colaborarão na cooperação com organismos multilaterais e na modernização do complexo industrial e tecnológico da defesa”, diz o documento que traz a prévia do plano de governo de Lula.

Uma das possibilidades é de que Lula proponha a volta da indicação de um civil para o Ministério da Defesa. Durante os governos do PT, nenhum militar de carreira ou da reserva ocupou o cargo de ministro da Defesa. Entre 2004 e 2006, por exemplo, o então vice-presidente José de Alencar (PL) foi o responsável pela pasta.

E há a sinalização de que não será apenas o Ministério da Defesa que os militares vão perder num possível governo do PT, mas a grande maioria dos cargos que hoje eles têm no governo Bolsonaro. Em abril, Lula sinalizou que não haverá militares em funções políticas e de direção do governo. "Nós vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar", disse o ex-presidente.

No entanto, a prévia do plano de governo de Lula ainda não é definitiva e passou por "ajustes" para uma nova redação, que deve ser apresentada publicamente nesta terça-feira (21). Ou seja, as diretrizes de governo (inclusive para as Forças Armadas) podem mudar. "Ainda vamos ouvir os demais partidos da coligação e a sociedade. A prévia do plano traz apenas as diretrizes que defendemos", afirma o senador Humberto Costa (PT-PE), integrante do núcleo da campanha de Lula.

gazetadopovo

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