Em nova ação, ONG LGBT quer obrigar CBF a utilizar camisa 24
Após apresentar um pedido de esclarecimento na Justiça contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para que a entidade explicasse a ausência do número 24 entre os atletas da Seleção Brasileira na Copa América, a ONG LGBT Grupo Arco-Íris voltou a acionar a CBF no Judiciário, mas dessa vez com o objetivo de obrigar a confederação a promover a utilização do número.
O novo processo foi aberto depois da primeira ação, ingressada na 10ª Vara Cível da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), em que a CBF explicou por que não usou o número 24. Na ocasião, a entidade alegou que “em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25”, já que o 25, Douglas Luiz, é meia, e não defensor.
Desta vez, além da CBF, a ONG incluiu o próprio Douglas Luiz, que é atleta do Aston Villa, da Inglaterra, foi colocado como réu da Ação Civil Pública, agora ajuizada. O pedido foi enviado também para o juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível da Capital, que foi o responsável pela primeira ação, mas o magistrado alegou incompetência para julgar e devolveu o processo para nova distribuição.
– Forçoso concluir que o jogador Douglas ou qualquer outro que compõe a Seleção saberia afirmar a simbologia histórica construída sobre o número 24, tornando inconteste que o mesmo diga que é somente uma escolha deliberada, sem razão de fundo – alegou a ONG.
Além do pedido de utilização do número, a entidade ainda cobra que a CBF seja multada em R$ 460 mil, o equivalente a 5% do que a CBF receberá da Conmebol pela simples participação na Copa América, caso não cumpra com o uso do número 24 em umas das camisas dos jogadores do Brasil na competição sul-americana de futebol. Este valor seria revertido para projetos sociais LGBT.
Inicialmente, o pedido de liminar era, inclusive, para o uso do 24, na semifinal da Copa América, que ocorreu na noite da última segunda-feira (7), contra o Peru, no Nilton Santos, com vitória brasileira por 1 a 0. Entretanto, como a decisão ainda não foi proferida, os pedidos serão emendados para a final da competição, marcada para sábado, no Maracanã, contra a Argentina.
pleno.news
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