22/01/2021

ELEIÇÃO NA CÂMARA: DEPUTADOS SÃO COAGIDOS A DECLARAR VOTO

Ninguém confia em ninguém

Governadores, lideranças partidárias e interlocutores do Palácio do Planalto estão coagindo deputados a se manifestarem publicamente sobre a eleição na Câmara, com ameaças de retaliação.

Com inúmeras listas de contagens de votos circulando nas campanhas das duas candidaturas mais expressivas — Arthur Lira (Progressistas) e Baleia Rossi (MDB) –, o que se quer é uma maior segurança do apoio de parlamentares.

A votação, que é secreta, será no próximo dia 1º. Para ser eleito, são necessários, no mínimo, 257 votos, podendo haver segundo turno.

Como temos dito desde o início da disputa na Câmara, esta será, especialmente, a 'eleição da traição'. O anúncio oficial de apoio de partidos não está refletindo necessariamente o sentimento das bancadas, que estão rachadas. 

“As pessoas não podem obrigar o parlamentar a tomar uma decisão que é só dele. Virou ditadura, virou guerra mesmo. Um Parlamento que não pode ter liberdade para escolher seu presidente não pode ser democrático. Eu nunca vi isso. O que está acontecendo nesta eleição não é bom para a democracia. Se o deputado não pode ter liberdade, como se pode dar liberdade para o povo?”, disse a O Antagonista o deputado Fábio Ramalho (MDB), o Fabinho, que lançou candidatura por conta própria e se apresenta como “terceira via”.

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