22/12/2025

RESUMO DE NOTÍCIAS


*A Rússia afirmou nesta segunda-feira, 22, apoiar “totalmente” a Venezuela diante do que classificou como uma escalada de hostilidades dos Estados Unidos no Caribe, após Washington bloquear e apreender navios petroleiros venezuelanos sob sanções. A posição foi confirmada após uma conversa telefônica entre os chanceleres russo, Sergei Lavrov, e venezuelano, Yvan Gil, segundo comunicados divulgados pelos dois governos. Durante o diálogo, os ministros condenaram as recentes ações americanas na região, que incluem ataques a embarcações acusadas de envolvimento com tráfico de drogas — alegações feitas pelos Estados Unidos sem apresentação pública de provas — e a apreensão de pelo menos dois petroleiros. Um terceiro navio do gênero estaria sendo perseguido por forças americanas, de acordo com uma autoridade dos EUA ouvida pela agência AFP. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que Lavrov e Gil demonstraram “profunda preocupação” com o aumento das operações militares americanas no Caribe, alertando para possíveis impactos sobre a estabilidade regional e a segurança da navegação internacional. Moscou reiterou ainda sua solidariedade ao governo e ao povo venezuelano. Os dois países também concordaram em intensificar a coordenação diplomática em fóruns multilaterais, especialmente nas Nações Unidas, com o objetivo de defender o princípio da soberania dos Estados e rejeitar interferências externas em assuntos internos. A crise entre Caracas e Washington deve ser debatida nesta terça-feira, 23, no Conselho de Segurança da ONU, após solicitação formal da Venezuela com apoio da Rússia e da China. Em mensagem publicada no Telegram, o chanceler venezuelano acusou os Estados Unidos de promover “agressões e violações flagrantes do direito internacional”, incluindo ataques a embarcações e atos que classificou como pirataria.


*Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta segunda-feira (22), mostra que o prefeito de Recife (PE), João Campos (PSB), lidera todos os cenários ao governo pernambucano. Em um primeiro cenário estimulado, onde o levantamento aponta nomes aos eleitores, Campos aparece com 53,1%; seguido pela atual governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), com 31% dos votos. O vereador de Recife, Eduardo Moura (Novo), aparece na sequência com 3,9%; seguido pelo psolista Ivan Moraes, que obteve apenas 0,9% da intenção de votos. Não souberam ou não opinaram: 4,7%; disseram votam em nenhum, branco ou nulo: 6,5%. Estimulada 2: Em um segundo cenário estimulado, onde são listados apenas o nome de João Campos e Raquel Lyra, o prefeito de recife aparece com 55,1%. Raquel, com apenas 33,8%. Não souberam ou não opinaram: 5%; disseram votam em nenhum, branco ou nulo: 6,2%. Espontânea: No cenário espontâneo, onde o eleitor aponta em quem quer votar, sem que o levantamento indique nomes, João Campos é novamente a preferência e aparece com 23,6% da intenção de votos. Raquel Lyra aparece com 17,8%; seguida por Eduardo Moura, com 0,4%. Outros nomes citados: 0,9%; Não souberam ou não opinaram: 52,1%; disseram votam em nenhum, branco ou nulo: 5,3%.


*Aliados do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estão movimentando os bastidores para posicioná-lo como candidato a vice-presidente em uma possível chapa encabeçada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas eleições presidenciais de 2026. As informações são da CNN. A principal articulação está sendo liderada pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que se reuniu com Zema em São Paulo na sexta-feira (19). O acordo em discussão prevê, além da composição nacional, o apoio conjunto de Flávio Bolsonaro e Kassab à candidatura de Matheus Simões (atual vice-governador de Minas) ao governo estadual em 2026. Paralelamente, o plano inclui o lançamento da candidatura presidencial do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD). Essa estratégia permitiria a Kassab ampliar a influência do PSD em múltiplos fronts: aproximando-se da direita bolsonarista via Flávio, mantendo uma opção de centro com Leite e preservando a proximidade com o governo Lula — sem obrigar o partido a deixar os três ministérios que atualmente ocupa (Agricultura, Minas e Energia, e Pesca). Para Matheus Simões, que aparece em quarto lugar nas pesquisas mais recentes em Minas (atrás de Cleitinho/Republicanos, Alexandre Kalil/PDT e Gabriel Azevedo/MDB), o apoio bolsonarista poderia fortalecer sua campanha, especialmente ao dividir votos com Cleitinho, cujo eleitorado é majoritariamente alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Já para Flávio Bolsonaro, a aliança traria um palanque forte em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Em São Paulo, o senador contaria com o respaldo do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não tem demonstrado intenção de concorrer à Presidência. O movimento depende ainda da desistência do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de uma candidatura ao Planalto. Ratinho não tem dado sinais de interesse na disputa nacional e planeja concorrer ao Senado, além de tentar eleger um sucessor no estado — onde seu aliado, o secretário Guto Silva (PSD), tem desempenho fraco nas pesquisas.


*Sandália Ipanema, da empresa Grendene Foto: Reprodução/YouTube Sandalias Ipanema
Enquanto a Havaianas se envolveu em uma polêmica neste final de semana por ter lançado uma propaganda vista como de viés político contra a direita, sua principal concorrente, a Grendene, dona de marcas como Ipanema, Grendha, Melissa, Rider e Cartago, tem entre seus principais acionistas dois empresários que realizaram doações para as campanhas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e 2022. Alexandre Grendene Bartelle, um dos fundadores da empresa e proprietário de 44,14% das ações da companhia, doou R$ 1 milhão para a campanha de Bolsonaro em 2022, de acordo com registros do DivulgaCand, sistema de registro de candidaturas da Justiça Eleitoral. O mesmo valor foi doado para a campanha de Bolsonaro por seu irmão, Pedro Grendene Bartelle, dono de 13,89% das ações da calçadista. Em 2018, ano em que Bolsonaro foi eleito, os dois também fizeram doações para a candidatura, mas em quantias menos vultosas, com cada empresário tendo repassado R$ 3 mil à campanha do líder conservador na ocasião. Na época, porém, Bolsonaro ainda era um candidato com campanha bem mais reduzida, com gastos totais de R$ 2,4 milhões, bem distante dos R$ 37,5 milhões gastos por Fernando Haddad (PT).


*Se em 2025 a Havaianas está envolta em uma polêmica após lançar uma campanha na qual diz não querer que ninguém “comece o ano com o pé direito”, há 11 anos o slogan adotado pela empresa calçadista era totalmente o contrário. Em 2014, uma propaganda protagonizada pelo ex-jogador e senador Romário (PL-RJ) – que na época era deputado federal – dizia: “O pé direito é nosso”. O comercial em questão começava com Romário em uma loja da Havaianas. Durante o atendimento, o ex-jogador pedia para que a atendente separasse cada pé do par de chinelo que ele estava comprando em uma sacola diferente. Em seguida, Romário aparecia assistindo a um jogo da Seleção Brasileira usando apenas o pé direito do chinelo enquanto um rapaz perguntava a ele onde estava o pé esquerdo. A propaganda encerrava sugerindo que o lado esquerdo do calçado tinha sido enviado ao ex-jogador argentino Diego Maradona – que morreu em novembro de 2020 – e com o narrador utilizando o slogan: “Havaianas, o pé direito é nosso”. De forma similar ao momento atual, a campanha também foi lançada no contexto de um período próximo de eleições presidenciais e Copa do Mundo.

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