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10/12/2025

NOVO SALÁRIO MÍNIMO PARA 2026 É CONFIRMADO PELO GOVERNO

Governo confirma novo valor do salário mínimo para 2026

O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou à VEJA nesta quarta-feira, 10, que o salário mínimo de 2026 será R$ 1.621,00. O número representa uma alta de 6,78% na comparação com o valor de 2025, que está em R$ 1.518,00.

A regra de reajuste do salário mínimo indica que o montante deve sofrer dois aumento de preços, o primeiro é a recomposição da inflação, para que não haja perda no poder de compra. A segunda é um aumento conforme o crescimento econômico medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), proposta implementada pelo governo atual para entregar um aumento real do salário mínimo.

O aumento inflacionário é calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O dado aponta para uma alta de preços de 4,18% em 12 meses até novembro. Já o crescimento do PIB de 2024 ficou em 3,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a regra do arcabouço fiscal limita o ganho real do salário mínimo, crescimento acima do ganho inflacionário, para 2,5%. A medida foi implementada como uma tentativa do governo de controlar os gastos públicos e fechar as contas no azul, sem déficit primário.

O novo número é levemente menor que a proposta de salário mínimo do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado pelo governo ao Congresso, que previa um salário mínimo de R$ 1.627, avanço de 7,18% em relação ao salário mínimo de 2025. Essa redução aconteceu devido à inflação do período menor que a estimada inicialmente.

05/12/2025

O BRASIL NÃO FAZ MAIS PARTE DAS 10 MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO

PIB: Brasil deixa a lista das 10 maiores economias do mundo

O Brasil deixou a lista das dez maiores economias do mundo referente ao Produto Interno Bruto (PIB) em dólares. De acordo com o ranking global da Austin Rating, o país caiu da 10ª para a 11ª posição.

A Rússia ultrapassou o Brasil e o Canadá e passou a ocupar a 9ª posição no ranking estimado para 2025, conforme mostrou o levantamento. No ranking do ano anterior, a economia russa ocupava o 11º lugar.

O estudo teve como base o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) de outubro sobre o panorama da economia global e perspectivas.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (4), apontaram que a economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre. O resultado veio levemente abaixo da expectativa do mercado, que era de variação de 0,2%. As informações são da CNN Brasil.

25/11/2025

INSTITUTO FISCAL ALERTA QUE ROMBO NAS ESTATAIS PODE ACABAR COM META FISCAL

Rombo nas estatais pode acabar com meta fiscal, alerta órgão

O resultado primário negativo das empresas estatais federais pode levar ao descumprimento formal da meta fiscal estabelecida para 2025. O alerta foi feito pela Instituição Fiscal Independente (IFI) na última quarta-feira, 19, conforme publicado pela coluna do jornalista Carlo Cauti na Edição 297 da Revista Oeste.

Segundo o documento, o governo estimou um déficit de R$ 9,2 bilhões nas estatais, equivalente a 0,07% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, valor considerado dentro do limite previsto em lei. Contudo, quando são incorporadas as deduções permitidas pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que somam R$ 3,7 bilhões, a margem para cumprimento da meta fica, nas palavras da IFI, “muito estreita”.

Estatais podem transferir custos ao Tesouro

O relatório destaca que a piora do resultado primário das estatais pode pressionar o Orçamento Federal. Segundo o documento, “a incapacidade de geração de recursos próprios pode levar a um reenquadramento dessas empresas como estatais dependentes do Tesouro Nacional, o que levaria esse custeio para o Orçamento do governo central”. Esse movimento ampliaria as despesas primárias do governo e reduziria o espaço para cumprimento das regras fiscais.

O relatório lembra que o governo tem buscado, na prática, o limite inferior da banda de tolerância da meta de resultado primário. Segundo a IFI, para 2025 o governo projeta um déficit efetivo de R$ 73,5 bilhões (0,4% do PIB). As deduções autorizadas somam R$ 43,3 bilhões (0,3% do PIB), o que permite o cumprimento da meta com uma margem de apenas R$ 0,8 bilhão.



Empresas públicas passam de superávit a déficits sucessivos

A análise da IFI mostra que, desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, as estatais deixaram de registrar superávits e voltaram ao terreno negativo. Embora as metas previstas em lei tenham sido formalmente cumpridas por meio de deduções e ajustes, a instituição identifica fragilidade estrutural no desempenho das empresas.

O documento destaca que “a piora do resultado primário das empresas estatais pode implicar no descumprimento formal da meta de resultado primário do governo federal” pelo pouco espaço para compensação entre governo central e estatais.

Déficit das estatais ameaça orçamento federal

A IFI argumenta que eventuais aportes ou mudanças na classificação das estatais têm potencial para pressionar o arcabouço fiscal, que já opera com bloqueios de despesas para ajuste ao limite de gastos. O relatório afirma que “a permanência de resultados primários negativos das estatais pode trazer alguns riscos adicionais”, entre eles o impacto direto no Orçamento e a deterioração da credibilidade das regras fiscais vigentes.

O órgão do Senado conclui que a combinação de déficits sucessivos das empresas públicas com o uso recorrente de deduções na meta fiscal reforça o risco de perda de previsibilidade da política fiscal.

revistaoeste

18/11/2025

BANCO DO BRASIL: TOMBO GRANDE NOS LUCROS LEVA AÇÕES PARA BAIXO

Ações do Banco do Brasil caem forte após tombo de 60% no lucro

As ações do Banco do Brasil negociadas na Bolsa de Valores (B3) operavam em forte queda nesta quinta-feira (13/11), um dia depois de a instituição financeira divulgar seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2025.

Por volta das 12h10 (pelo horário de Brasília), os papéis do Banco do Brasil registravam perdas de 3,03%, cotados a R$ 22,11.

Mais cedo, às 10h15, a desvalorização chegou a 5,34%, com a ação negociada a R$ 22.

Tombo de 60% no lucro

Na véspera, o Banco do Brasil reportou ao mercado um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre de 2025, o que representou uma queda de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nos nove primeiros meses do ano, o banco lucrou R$ 14,943 bilhões, um recuo de 47,2% na comparação anual. Em todo o ano passado, o BB teve um lucro recorde de R$ 37,9 bilhões.

Diante da redução na lucratividade até setembro de 2025, os resultados anuais foram revisados. O resultado do balanço do segundo trimestre apontava uma previsão de lucro líquido no ano entre R$ 21 bilhões e 25 bilhões.

Agora, no balanço do terceiro trimestre, a estimativa de lucro líquido foi reduzida para um resultado entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

O balanço aponta, entre os motivos para a redução no lucro, o aumento do custo do crédito. A inadimplência também aparece como um dos fatores que prejudicaram os resultados do banco.

Citi corta recomendação do BB

Após a divulgação dos resultados do Banco do Brasil, o Citi cortou a recomendação para as ações da empresa – de “compra” para “neutro”. O preço-alvo foi reduzido de R$ 29 para R$ 23.

Segundo o Citi, a revisão se deve, principalmente, às maiores despesas do BB com provisões – montantes reservados para cobrir obrigações futuras ou despesas prováveis.

“Acreditamos que a segunda revisão para baixo do guidance em 2025 indica baixa visibilidade para os próximos trimestres, enquanto o impacto das renegociações deve levar tempo para contribuir positivamente para os lucros, o que era parte central da nossa tese anterior”, afirmam os analistas do Citi.

Metrópoles

16/11/2025

CONTA QUE NÃO FECHA

Brasil do emprego recorde não reduz informalidade nem aumenta produtividade

Com o desemprego em 5,6%, o menor da série histórica, o Brasil não consegue reduzir a informalidade, que segue perto de 40% há mais de uma década. A produtividade também está parada. Com economia aquecida e falta de trabalhadores, empresas elevam salários para atrair mão de obra e acabam repassando custos aos preços, pressionando a inflação.

Segundo o FGV/IBRE, o trabalhador formal é quatro vezes mais produtivo que o informal. Mesmo com 4,6 milhões de vagas formais criadas desde 2023, o país ainda tem 40,8 milhões de informais, o que derruba a produtividade média.

A informalidade só não é maior por causa do avanço dos MEIs e PJs. Trabalhadores por conta própria com CNPJ passaram de 3,3% para quase 7% da força de trabalho em dez anos. Muitos escolhem esses modelos pela flexibilidade; outros migram da CLT pressionados por empresas que buscam reduzir encargos, que chegam a 70% sobre o salário. Entre 2022 e 2024, 5,5 milhões de trabalhadores saíram da carteira assinada para abrir CNPJ.

Mesmo assim, setores como agronegócio, varejo e construção enfrentam escassez de mão de obra. Construtoras operam com cerca de 10% de déficit de pessoal e recorrem a estrangeiros e aumento de salários acima da inflação.

Apesar da criação de vagas, várias profissões ficaram relativamente menos remuneradas entre 2012 e 2024, sinalizando precarização. E a produtividade por hora trabalhada continua praticamente estagnada: cresceu apenas 0,3% ao ano nos últimos cinco anos. Já a renda per capita subiu 1,7% ao ano graças ao aumento do número de pessoas ocupadas, não por ganho de eficiência. Para especialistas, isso é um movimento cíclico, não sustentável.

A baixa produtividade é agravada pelo baixo grau de abertura econômica do país, com só 1% de participação no comércio mundial. Para analistas, o atual aquecimento do mercado de trabalho depende de gastos públicos elevados e não deve se sustentar após 2026.

Com informações de Folhapress

15/11/2025

SETOR DO CAFÉ DIZ QUE 'PIOROU PARA O BRASIL'

“Piorou para o Brasil”, diz setor do café

A retirada das tarifas recíprocas de 10% pelos Estados Unidos para 238 produtos agrícolas aumentou a pressão para que o Brasil avance na negociação que busca eliminar a sobretaxa adicional de 40% aplicada exclusivamente ao país.

Tanto a CNI (Confederação Nacional da Indústria) quanto o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) avaliam que a medida amplia vantagens para concorrentes brasileiros no principal destino das exportações industriais nacionais.

Em nota divulgada neste sábado (15.nov.2025), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a permanência da tarifa de 40% reduz a competitividade de itens relevantes da pauta comercial brasileira, como carne bovina e café, enquanto países não sujeitos à sobretaxa passam a ter melhores condições para acessar o mercado norte-americano.

Análise preliminar da CNI mostra que a retirada das tarifas de 10% beneficia 80 produtos exportados pelo Brasil em 2024, que somaram US$ 4,6 bilhões –cerca de 11% das vendas para os EUA. Só 4 itens, porém, ficam totalmente livres de encargos: 3 categorias de suco de laranja e castanha-do-pará. Outros 76 seguirão enfrentando a alíquota de 40%, entre eles café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba.

O setor de café também sinalizou preocupação. Em nota, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) afirmou que o país segue submetido à tarifa base de 10% e à adicional de 40% prevista no Artigo 301. A entidade disse que ainda avalia se o novo ato do governo norte-americano altera uma, outra ou ambas as cobranças.

“Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil”, disse o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, ao g1. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de 6ª feira, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada.

Já a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) adotou tom mais positivo. Em comunicado, a entidade classificou a redução tarifária sobre a carne bovina brasileira como gesto que reforça confiança no diálogo técnico entre os 2 países. Disse que a decisão devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas ao comércio, lembrando que os EUA são o 2º maior mercado da carne bovina do Brasil.

Segundo a Abiec, a medida fortalece a relação bilateral e abre espaço para retomada mais equilibrada e estável das vendas. A entidade afirmou que seguirá trabalhando com autoridades dos 2 países para ampliar oportunidades e consolidar o Brasil como fornecedor competitivo e confiável.

Apesar do alívio parcial, a CNI ressaltou que o ponto central permanece: a nova decisão norte-americana não altera a ordem executiva que mantém o adicional de 40% específico ao Brasil. Para a entidade, o governo brasileiro precisa negociar com urgência para restabelecer condições equitativas de comércio e evitar perda de participação de mercado para rivais internacionais.

Poder360

12/11/2025

APÓS TARIFAÇO DE TRUMP EXPORTAÇÕES DO RN SOFREM QUEDA DE 25%

Exportações do RN para os EUA sofrem queda de 25% após tarifaço

Desde agosto, quando começaram a valer as novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, até outubro, as exportações do Rio Grande do Norte para o mercado norte-americano somaram US$ 9 milhões — uma redução de US$ 3 milhões (25%) frente ao mesmo período de 2024. Apesar da queda no trimestre, o resultado acumulado de janeiro a outubro de 2025 ainda é positivo: US$ 38 milhões a mais do que em igual período do ano anterior. O levantamento do Observatório da Indústria – MAIS RN, da FIERN, também aponta que não houve impacto negativo sobre os empregos.

O estudo aponta que a retração foi ainda mais intensa entre os produtos de maior peso na pauta potiguar, com um déficit de US$ 4,2 milhões (-40,8%) nas exportações dos principais itens. O pescado (atum) teve o pior desempenho, com queda de 72% e frustração de US$ 2,4 milhões em vendas externas. Em seguida aparecem o sal (-46%), as frutas (-29%), as pedras para construção (-29%) e os produtos de confeitaria (-27%).

“O setor de pescados, especialmente o atum, teve uma queda de 72% no período. Era algo que já se previa, mas os dados confirmam o impacto. O atum é um produto perecível, com exigências específicas em cada país, o que impede o redirecionamento rápido das exportações”, afirmou Pedro Albuquerque, assessor técnico do Observatório. Ele lembra que o início do ano havia sido promissor: “Tudo indicava que 2025 seria um dos melhores anos da balança com os Estados Unidos, mas o tarifaço mudou completamente o cenário.”

Mesmo com as perdas, os efeitos sobre o emprego foram reduzidos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que não houve demissões em massa. “As demissões praticamente não ocorreram, e em alguns casos houve até aumento nas contratações”, disse Pedro. O setor salineiro registrou saldo positivo de 41 novas vagas e a fruticultura contratou 545 trabalhadores entre agosto e outubro.

O técnico atribui a estabilidade às medidas compensatórias adotadas pelo Governo do Estado, como a ampliação do PROEDI e a antecipação do ICMS de exportação, que ajudaram as empresas a manter competitividade. “Esses benefícios ajudaram as empresas a manter empregos e competitividade, mesmo com as tarifas mais altas”, destacou.

Pedro alerta, no entanto, que o impacto sobre os lucros foi inevitável. “As companhias estão absorvendo parte do custo tarifário, o que reduz o ganho, mas garante a presença no mercado e a continuidade das operações.”

O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do estado (SEDEC/RN), Hugo Fonseca, também destaca a importância dos incentivos fiscais. “Mesmo com produtos taxados em 50%, a redução do ICMS deu competitividade para manter as vendas ao mercado americano”, afirmou.

O relatório também aponta que, no acumulado dos dez primeiros meses de 2025, o estado exportou US$ 82 milhões para os EUA, um crescimento de US$ 38 milhões em relação a 2024. Esse aumento, no entanto, foi sustentado pelo desempenho de outros produtos, como óleos de petróleo, que saltaram de US$ 400 mil em 2024 para US$ 24 milhões neste ano, representando quase 30% da pauta exportadora potiguar. “O desempenho mostra que, apesar das barreiras tarifárias, o RN mantém sua resiliência e capacidade de diversificação produtiva”, concluiu Pedro Albuquerque.

Outubro aponta retomada

Apesar das dificuldades, o mês de outubro registrou uma reação importante. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o RN alcançou um saldo positivo de US$ 3,8 milhões na diferença entre o que comprou dos Estados Unidos e o que vendeu para lá. O crescimento é de 459% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo havia sido de US$ 683,2 mil.

Enquanto as importações do RN provenientes dos EUA totalizaram US$ 1,5 milhão, concentradas em insumos industriais como coque de petróleo, tintas e polímeros, que sustentam o funcionamento da indústria local, as exportações para o mercado norte-americano somaram US$ 5,3 milhões, impulsionadas pela fruticultura irrigada e pela indústria de transformação.

Entre os destaques estão o açúcar de cana (US$ 2,9 milhões), caramelos e confeitos (US$ 688,2 mil), pedras de cantaria (US$ 535,5 mil), mangas frescas (US$ 504 mil) e sal marinho (US$ 354 mil). De acordo com o secretário adjunto da Sedec/RN, Hugo Fonseca, o bom resultado é reflexo tanto da sazonalidade quanto de ações de estímulo. “Atribuímos ao período do segundo semestre, quando crescem as exportações de frutas e doces por causa do Halloween nos Estados Unidos”, explicou. A demanda americana por sal marinho também ajudou a impulsionar os números.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Sal (Siesal/RN), Airton Torres, não existe linearidade nas vendas para o exterior e a diferença do mês de outubro se deve ao fato de que, no mesmo mês, em 2024, não houve embarque de sal para os EUA. “O tarifaço impôs uma condição muito severa e adversa ao sal, sendo certo que o único embarque ocorrido em outubro/2025 foi fruto de acordo previamente realizado”, pontua. Segundo diz, as salinas exportadoras vivem o dilema de vender, mesmo que sem margem, para continuar no mercado, enquanto aguardam um acordo comercial entre os países.

TN

09/11/2025

ATINGE NÍVEIS RECORDES EM 2925 ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

Endividamento das famílias brasileiras atinge níveis recordes em 2025

O endividamento das famílias brasileiras atingiu níveis recordes em 2025. Em janeiro de 2015, 57,5% das famílias estavam endividadas. Dez anos depois, em janeiro de 2025, o percentual subiu para 76,1%, um aumento de 18,6 pontos percentuais.

Já em outubro de 2025, 79,5% das famílias tinham algum tipo de dívida, recorde pelo terceiro mês consecutivo e alta de 22 pontos percentuais em relação a janeiro de 2015.

As informações são de um levantamento da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Peic considera dívidas como cartão de crédito, cheque especial, empréstimo consignado e prestações da casa própria, entre outras modalidades.

Estar endividado não significa necessariamente estar inadimplente, apenas ter compromissos financeiros a pagar.

O levantamento também mostra que a proporção de famílias com parcelas em atraso atingiu 30,5% em outubro, outro recorde histórico.

PEDIDO DE FALÊNCIA AO GOVERNO É SOLICITADO POR EMPRESÁRIO QUE JÁ FOI O 'REI DO ALGODÃO'

"Rei do Algodão", que já controlou mais de 110 mil hectares de plantio, tem falência solicitada por Governo

O governo de Mato Grosso, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), entrou com pedido na 1ª Vara de Campo Verde para converter em falência o processo de recuperação judicial da José Pupin Agropecuária e das empresas associadas ao grupo econômico do empresário José Pupin, conhecido como o “Rei do Algodão”. O conglomerado, que já controlou mais de 110 mil hectares de plantio, acumula uma dívida superior a R$ 1,3 bilhão.

O processo de recuperação judicial, iniciado em 2017, enfrenta questionamentos por suposto descumprimento de obrigações fiscais e financeiras. A PGE afirma que a empresa não aderiu ao Refis, não apresentou proposta de transação tributária e continua inadimplente com o fisco estadual, o que, segundo o órgão, demonstra “a inviabilidade da operação e o fracasso do plano de recuperação”. O Estado também pediu que o Ministério Público seja intimado a se manifestar para preservar os créditos tributários devidos.

Além do pedido do governo estadual, outros credores também solicitaram a falência do grupo nas últimas semanas. Em 29 de outubro, o empresário Ricarte de Freitas Neto alegou que o Grupo Pupin descumpriu cláusulas do aditivo ao plano de recuperação judicial homologado em outubro de 2024 — especialmente o pagamento de valores de até R$ 10 mil a credores com garantia real, que deveria ter ocorrido em até 60 dias após a homologação.

Em 10 de outubro, a administradora judicial informou à Justiça que o grupo não tem cumprido sequer as obrigações mínimas do processo, como o envio de documentação contábil básica.

03/11/2025

CAI NA LISTA DE MAIS RICO DO MUNDO O DONO DO FACEBOOK QUE PERDE R$ 155 BILHÕES EM UM DIA

Como Mark Zuckerberg perdeu R$ 155 bilhões em um dia e caiu na lista de mais ricos do mundo

Na última quinta-feira (30), as ações da Meta caíram mais de 10%, representando o pior desempenho do ano da empresa. A queda na Bolsa de Valores de Nova York fez com que Mark Zuckerberg perdesse cerca de US$ 29 bilhões (aproximadamente R$ 155,9 bilhões) em um único dia.

A movimentação no patrimônio do empresário também derrubou sua posição no ranking de pessoas mais ricas do mundo, segundo a revista Forbes. Zuckerberg, que antes ocupava o terceiro lugar, agora possui a quinta maior fortuna.

Com uma quantia estimada em US$ 228,4 bilhões (cerca de R$ 1,2 trilhão), o dono do Facebook, Instagram e WhatsApp está atrás dos bilionários Larry Page, Jeff Bezos, Larry Ellison e Elon Musk, que ocupa o primeiro lugar.

As ações da Meta caíram após a empresa divulgar resultados financeiros abaixo do esperado. O principal motivo foi uma cobrança de impostos bilionária que reduziu drasticamente o lucro do trimestre. Mesmo com o crescimento nas receitas e investimentos em inteligência artificial, o alto custo tributário fez os investidores reagirem negativamente.

Além disso, Zuckerberg anunciou que vai gastar ainda mais com o desenvolvimento de projetos de inteligência artificial nos próximos anos. A expectativa é que ele invista bilhões de dólares nas tecnologias, o que está sendo visto como um risco por parte dos investidores.

Confira a lista das pessoas mais ricas do mundo atualmente:

Elon Musk - US$ 490,8 bilhões (R$ 2,64 trilhões)
Larry Ellison - US$ 314,7 bilhões (R$ 1,69 trilhão)
Jeff Bezos - US$ 238,3 bilhões (R$ 1,28 trilhão)
Larry Page - US$ 236,3 bilhões (R$ 1,27 trilhão)
Mark Zuckerberg - US$ 228,4 bilhões (R$ 1,22 trilhão)

24/10/2025

O BRADESCO ESTÁ BOTANDO PRA LASCAR

Juros do cartão Bradesco vão a 12,5% ao mês, 311% ao ano

O bancão Bradesco se recupera da “crise Americanas”, mas esfola seus clientes: cobra quase 311% de juros nominais ao ano, 12,5% ao mês, para parcelar a fatura do cartão de crédito Visa Infinite. Dividindo a fatura de R$23,3 mil em 12 vezes, o cliente precisa desembolsar R$23.486 só para os juros, o que representa mais que o dobro da dívida. O total pago, um ano mais tarde, seria de R$47,4 mil, incluindo impostos. A taxa anual cobrada pelo Bradesco é mais de 20 vezes superior a taxa Selic. A informação é da Coluna Claudio Humberto, do Diário do Poder.

O custo efetivo total do parcelamento é ainda maior, incluindo R$559,23 de IOF sobre a operação: juros mensais de 13,01% e anual de 334,13%.

No caso específico de leitor da coluna, o Bradesco cobrou R$559,23 de IOF e o mesmo valor, sem maiores explicações, a título de “despesas”.

Após 12 meses, o valor original da dívida parcelada equivale a menos da metade do total cobrado pelo Bradesco. Só trouxa cai na cilada.

19/10/2025

O SONHO DA 'PICANHA E DA CERVEJINHA' FICANDO MAIS DISTANTE PARA MUITOS

Inadimplência de pessoas físicas bate novo recorde no Brasil

O número de consumidores brasileiros com contas em atraso registrou um aumento de 8,91% em setembro de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. O Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e revelou que a variação anual observada em setembro deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de agosto para setembro, o número de devedores cresceu 0,21%.

O levantamento estima que o Brasil tinha, em setembro, 71,86 milhões de consumidores negativados, o que representa 43,14% da população adulta do país.

A alta anual de devedores foi impulsionada, principalmente, por dívidas com tempo de atraso de três a quatro anos, que representam 34,46%.

– O Brasil apresenta hoje um quadro de inadimplência estrutural: elevada participação de inadimplentes na população adulta, prevalência de dívidas de baixo valor, mas com impacto acumulado, reincidência muito alta e recuperação que não acompanha o aumento do estoque de débitos. Sem iniciativas coordenadas entre mercado, poder público e incentivo à educação financeira, o sistema de crédito permanecerá caro, com custos macroeconômicos relevantes e com exclusão financeira – destacou o presidente da CNDL, José César da Costa.

A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em setembro foi da faixa de 30 a 39 anos (23,56%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,18% mulheres e 48,82% homens.

Observando os resultados por região, o Centro‐Oeste apresentou a alta mais expressiva no número de inadimplentes na comparação anual, com crescimento de 8,16%, seguido pelo Norte (7,99%), Nordeste (7,59%), Sudeste (7,54%) e Sul (7,36%).

De acordo com o indicador de inadimplência, em setembro de 2025, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.801,45 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 2,22 empresas credoras.

Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,55%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,63% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

– É fundamental considerar o papel das redes sociais nesse contexto de inadimplência, já que elas se tornaram poderosas ferramentas de venda. As plataformas conhecem profundamente o comportamento, as necessidades e os desejos dos consumidores — e usam estes dados para estimular compras cada vez mais impulsivas. Por isso, reduzir a exposição a esses estímulos pode ser uma estratégia eficaz para evitar gastos desnecessários. Medidas simples como limitar o uso das redes sociais, desinstalar aplicativos de compras ou sair de grupos que divulgam promoções, ajudam a controlar o acesso ao consumo e, consequentemente, facilitam o hábito de poupar – destacou o presidente do SPC Brasil, roque Pellizzaro Júnior.

Em setembro de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 15,07% em relação ao mesmo período de 2024. O dado observado em setembro deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de agosto para setembro, o número de dívidas apresentou alta de 0,05%.

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 17,75%, seguido de Água e Luz (14,40%), Comunicação (8,23%) e Comércio (1,08%).

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 66,37% do total. Na sequência, aparece Água e Luz (10,28%), o setor de Comércio com 9,39% e Outros com 8,20% do total de dívidas.

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (15,60%), seguida pelo Norte (15,31%), Sudeste (14,13%), Sul (13,97%) e Nordeste (13,15%).

Em termos regionais, o maior percentual do índice de inadimplência está na região Centro‐Oeste, onde 46,42% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 38,42% da população adulta. 

As informações são da CNDL

13/10/2025

ESTADOS QUE PAGAM OS MELHORES SALÁRIOS DO BRASIL, DOS 10 QUE A DIEREITA GOVERNA 9 ESTÃO NO TOPO

Direita governa 9 dos 10 Estados que pagam os melhores salários do Brasil

Unidades da federação governadas pela direita estão no topo dos maiores salários médio do Brasil, aponta a preliminar do Censo 2022, divulgado na última semana pelo IBGE. Entre os 10 primeiros colocados (Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Espírito Santo) somente os capixabas elegeram um governador de partido de esquerda, Renato Casagrande (PSB). A média salarial nesses Estados varia de R$4.715 a R$2.718; o rendimento capixaba é o único abaixo da média nacional (R$2.851).

Vermelho de vergonha

No fim tabela, o resultado é o contrário. Dos 10 Estados com menores salários médios, oito são da esquerda, um da direita e um “no muro”.

Espia a lista

Os oito Estados com piores resultados (em ordem: MA, PI, BA, CE, AL, PB, PA e SE) têm média salarial variando entre R$1.855 e R$2.129.

DNA tucano

No muro, aparece Pernambuco, de Raquel Lyra (PSD), R$2.174. Que nas eleições ainda estava no PSDB e correu de Lula e Bolsonaro.

Fecha a conta

O Estado gerido pela direita é o Amazonas, governado por Wilson Lima (União Brasil). A média salarial ficou em R$2.212.

03/10/2025

ARROCHA: NO MOMENTO DA COMPRA PAGAMENTO VIA CARTÕES E PIX VAI TER IMPOSTO DESCONTADO

Pagamento via cartões e pix vai ter imposto descontado no momento da compra; entenda

A Receita Federal planeja colocar em vigor, a partir de 2027, uma medida que associa o pagamento eletrônico à emissão da nota e ao cálculo dos novos tributos sobre consumo. Desta forma, pagamentos via cartões, Pix ou sistema de recebimento digital vai passar a ter o imposto descontado e enviado automaticamente para União, estados e municípios. Trata-se do split payment.

De acordo com o portal Click Petróleo e Gás, o sistema faz parte da reforma tributária e deve conter 70 bilhões de documentos por ano, com dados que devem ser 150 vezes maiores que os do Pix, colocando um fim nas notas frias.

Em 2026 deve entrar em vigor um projeto piloto com alíquota simbólica de 1%, com compensação em outros tributos. Em 2027, a medida vai entrar em operação para a CBS (tributo federal). Entre 2029 a 2032, vai acontecer uma transição do ICMS e do ISS para o IBS. Já em 2033, serão extintos. Pagamentos em espécies ficam de fora do canal eletrônico.

30/09/2025

CONTAS PÚBLICAS CONTINUAM 'ARROMBADAS'

Contas públicas têm déficit de R$ 17,3 bilhões em agosto; acumulado em 2025 é de R$ 61,792 bilhões negativos

As contas públicas fecharam o mês de agosto com saldo negativo, com déficit em todas as esferas de governo. O setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e empresas estatais – registrou déficit primário de R$ 17,255 bilhões no mês passado.

Entretanto, houve redução no déficit do mês em relação a agosto de 2024, quando as contas fecharam com R$ 21,425 bilhões negativos. Nessa comparação interanual houve crescimento das receitas em ritmo maior que as despesas.

As Estatísticas Fiscais foram divulgadas nesta terça-feira (30) pelo Banco Central (BC). O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas), desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.

No acumulado de 2025, o setor público consolidado registra resultado negativo de R$ 61,792 bilhões. Nos oito primeiros meses do ano passado, esse acumulado chegava a um déficit de R$ 86,222 bilhões.

Em 12 meses – encerrados em agosto – as contas acumulam resultado negativo de R$ 23,123 bilhões, o que corresponde a 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Em 2024, as contas públicas fecharam o ano com déficit primário de R$ 47,553 bilhões, 0,4% do PIB.

Esferas de governo

Em agosto último, a conta do Governo Central teve déficit primário de R$ 15,934 bilhões ante resultado negativo de R$ 22,329 bilhões em agosto de 2024. O montante difere do resultado divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Tesouro Nacional, de déficit de R$ 15,6 bilhões, porque o BC usa uma metodologia diferente, que leva em conta a variação da dívida dos entes públicos.

Contribuindo para aumentar o déficit das contas públicas, os governos regionais – estaduais e municipais – tiveram déficit de R$ 1,314 bilhão em agosto passado contra resultado positivo de R$ 435 milhões no mesmo mês de 2024.

As empresas estatais federais, estaduais e municipais – excluídas dos grupos Petrobras e Eletrobras – também contribuíram para o aumento do déficit das contas consolidadas, com o resultado negativo de R$ 6 milhões em agosto. No mesmo mês de 2024, houve superávit de R$ 469 milhões.

Agência Brasil

22/09/2025

DREX: MOEDA DIGITAL BRASILEIRA QUE DEVERÁ ENTRAR EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO/26

Drex foi criado pelo BC, que é independente do governo, e não acaba com a poupança

O Drex, versão digital do real brasileiro, não foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não substituirá o dinheiro em espécie e nem impedirá que os brasileiros mantenham contas de poupança em bancos, ao contrário do que afirmam vídeos publicados no TikTok e no Instagram.

As postagens investigadas alegam que, quando implementado, o Drex eliminará cédulas e moedas, permitirá ao governo monitorar todas as transações, impedirá o acúmulo de recursos e ainda fará o dinheiro “expirar”, restringindo o uso a determinadas localidades, em um modelo comparado a “países socialistas”. Também indicam que entraria em vigor em janeiro de 2026. Nenhuma dessas informações encontra respaldo em documentos oficiais.

Em resposta ao Comprova, o Banco Central afirmou que é o responsável pelo desenvolvimento do Drex e destacou que o projeto é conduzido pela autarquia, sem envolvimento da Presidência; não terá impacto sobre a manutenção de poupança; e segue em fase de testes.

Em fevereiro de 2025, o BC publicou o Relatório da 1ª fase do Piloto Drex, abordando arquitetura, privacidade e segurança. Verificado pelo Comprova, o documento não menciona qualquer plano de substituir o dinheiro físico, impedir poupança ou restringir o uso da moeda, como alegam as postagens.

O relatório da 2ª fase, que reuniu casos de uso propostos por instituições financeiras e empresas de tecnologia, está em elaboração e deve ser divulgado em breve, segundo a instituição. Já a 3ª fase, prevista para começar ainda em 2025, terá como foco principal a eficiência no uso de ativos como garantia em operações de crédito.

A autora dos posts verificados afirma ainda que o “dinheiro em papel vai acabar”, mas segundo o BC, o Drex será uma opção adicional ao real físico, operado em plataforma digital e intermediado por instituições financeiras autorizadas. O objetivo é ampliar a eficiência e a segurança das transações, com uso de contratos inteligentes que só concluem uma operação quando todas as condições forem cumpridas. Trata-se, portanto, de uma opção adicional, e não um substituto para cédulas, moedas ou contas já existentes.

Quem criou o conteúdo investigado pelo Comprova

Os vídeos com as alegações sobre o Drex foram publicados em 3 de setembro pela influenciadora Carla Cout, que se apresenta como missionária, comunicadora, cantora e terapeuta. Ela mantém o perfil @carlacoutoficial1 no TikTok, com mais de 136 mil seguidores e 891 mil curtidas, e o perfil @carlacoutoficial no Instagram, com cerca de 2,8 mil seguidores. Nas descrições, afirma ser “militante da direita e do bolsonarismo”.

Clique no link abaixo e veja a matéria completa:

https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/drex-lula-acaba-dinheiro-fisico-poupanca-enganoso/?srsltid=AfmBOooIKUlbPoTpwhRHF8FwaoKmO2ePohXvWFLMogKZuzJtAvCL70at

14/09/2025

'PELASCARIDADE': O AJUSTE FISCAL À CUSTA DOS MAIS POBRES

O ajuste fiscal do pai dos pobres

Governo Lula está tentando fazer o ajuste fiscal pela coluna errada

Recentemente, circulou em diversos meios de comunicação a notícia de que a “taxa das blusinhas” causou uma redução de 35% nas compras feitas pelas classes C, D, e E, o que significa que 14 milhões de brasileiros deixaram de adquirir produtos em sites estrangeiros.

A redução no consumo, no entanto, não impediu uma arrecadação satisfatória para o governo Lula. A expectativa era de arrecadar R$ 700 milhões anuais com a medida, mas tem sido até mais do que isso (uma média de R$ 175,8 milhões mensais). Ou seja, o Poder Executivo está arrecadando mais à custa dos mais pobres, que deixaram de consumir esse tipo de produto.

Agora, as “blusinhas” ficam ao alcance somente das classes A e B. Quem olha os números brutos, da arrecadação total, pode até comemorar. É fato, o Ministério da Fazenda bate recordes na arrecadação — em julho, alcançou R$ 254,2 bilhões, o maior número para a série histórica iniciada em 1995. Todavia, isso não significa que as contas estejam no rumo certo. Conforme dados divulgados mais recentemente, o setor público consolidou um déficit primário de R$ 66,6 bilhões em julho (o pior resultado para o mês desde a pandemia), fazendo a dívida pública avançar para 77,6% do PIB.

Ou seja, ao mesmo tempo em que o Palácio do Planalto bate recorde de arrecadação para julho, esse também foi o mês com o pior déficit desde a pandemia, quando os custos extraordinários foram enormes, sem necessidade de maiores explicações em razão da emergência sanitária.

É evidente, portanto, que o governo está tentando fazer o ajuste fiscal pela coluna errada, que é a da receita. E o pior, está fazendo isso à custa dos mais pobres, que agora nem comprar roupa barata podem mais. Enquanto o ajuste não for direcionado para a coluna das despesas, o país estará no rumo equivocado, e fará com que os mais pobres dependam cada vez mais de benefícios estatais, como o programa de gás gratuito também recentemente lançado pelo governo.

Isto é, o Estado é predatório na arrecadação, gasta muito e mal, prejudica a atividade econômica dos mais pobres e, para compensar, tenta fazê-lo por meio da concessão de benefícios. Essas decisões somente acentuam a necessidade de arrecadar mais, pois em momento algum há bom senso ou autocrítica de que a diminuição de impostos é a melhor forma de mover a economia.

revistaoeste

13/09/2025

SOFRÊNCIA: ESTUDO APONTA RN COM O QUINTO MENOR SALÁRIO MÉDIO DE ADMISSÃO DO BRASIL

RN tem quinto menor salário médio de admissão do país, aponta estudo

O salário médio de admissão no Brasil apresentou avanço real de 2,0% em 2024, alcançando R$ 2.178, segundo o estudo “Raio-X do Salário de Admissão”, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). Apesar da melhora nacional, o Rio Grande do Norte aparece apenas na 23ª posição entre os 26 estados e o Distrito Federal, com média salarial de R$ 1.760 e aumento de apenas 0,8% comparado a 2023, ficando à frente apenas de Alagoas (R$ 1.753), Amapá (R$ 1.725), Roraima (R$ 1.715) e Acre (R$ 1.700). O desempenho coloca o Estado no grupo de remunerações iniciais mais baixas do país, cenário que acende o alerta para os efeitos sobre o consumo e o desenvolvimento econômico.

O levantamento mostra que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste concentram os maiores salários médios de admissão, reflexo da maior presença de setores industriais, tecnológicos e de serviços financeiros. São Paulo lidera o ranking, com R$ 2.473, seguido pelo Distrito Federal (R$ 2.284) e Rio de Janeiro (R$ 2.223). Já no Nordeste, a realidade é marcada por disparidades: enquanto o Ceará, por exemplo, apresenta rendimento médio de admissão em R$ 1.927, ainda abaixo da média nacional, o Estado de Alagoas ocupa a pior posição na região, com os admitidos recebendo uma média de R$ 1.753, uma diferença de R$ 174,00 ante os cearenses.

Dentro desse cenário, Helder Cavalcanti, economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN), destaca que o salário é um instrumento de aceleração do processo de crescimento. “À medida que alguém começa a receber salário, passa a ter um poder de compra e isso faz a moeda circular na economia. Essa pessoa vai alugar uma casa, comprar alimentação, usar o transporte e isso vai gerando novos mercados e possibilidades de rendimento para outras pessoas”, afirma.

Por outro lado, no contexto de uma baixa remuneração inicial, esse efeito multiplicador se restringe. “Com um salário mais baixo, esse impacto é negativo, porque limita o consumo. Quanto maior o salário, mais poder de compra, mais alguém é colocado nessa cadeia produtiva. Você deixa de consumir o básico para adquirir um objeto de desejo e a cadeia se fortalece mais ainda. A circulação da moeda traz todos esses aspectos, desde a arrecadação de impostos até a geração de novas oportunidades no mercado de trabalho”, acrescenta.

O estudo da FIRJAN indica que os setores que oferecem as melhores remunerações médias de admissão no país são a Indústria (R$ 2.310) e os Serviços (R$ 2.250), ambos acima da média nacional. Já Agropecuária (R$ 2.011) e Comércio (R$ 1.926) apresentam patamares mais baixos. A explicação para as diferenças regionais está na concentração de atividades econômicas de maior valor agregado, como a tecnologia da informação, a engenharia, a extração mineral e os serviços financeiros.

“O mercado de trabalho é sensível: responde a qualquer impacto. Então, precisamos de mais incentivos para atrair indústrias e criar um ambiente atrativo ao investidor”, observa Helder.

Outro ponto levantado pelo economista é a informalidade, que tem absorvido parte da mão de obra diante dos salários iniciais mais baixos. Motoristas por aplicativos, prestadores de serviços autônomos e trabalhadores por conta própria representam uma fatia crescente no RN, com impactos diretos sobre a arrecadação.

Indústria paga acima da média no RN

Na avaliação da Federação das Indústrias do RN (FIERN), é preciso observar que o tamanho do mercado consumidor potiguar, o perfil predominante de empresas micro e pequenas e os custos logísticos envolvidos na distribuição de produtos para outros estados desenham um cenário desafiador para que as empresas locais consigam ser competitivas em seus salários iniciais.

Apesar disso, Indicadores do Observatório da Indústria MaisRN apontam que, diferentemente do dado geral, quando se faz o recorte do salário pago pela indústria potiguar, o setor alcança um salário médio de R$ 2.629,89, superando a média nacional de R$ 2.310,00, reforçando a conclusão do estudo da FIRJAN de que as indústrias pagam salários mais altos que os demais setores.

“A média potiguar relativamente superior à nacional é resultado das atividades petrolíferas, que, em média, pagam aproximadamente R$ 15.380,00. Além desse setor, também se destacam: fabricação de máquinas e equipamentos elétricos (R$ 8.505,17); eletricidade e gás (R$ 8.034,64); captação, tratamento e distribuição de águas (R$ 7.584,75); e extração de minerais (R$ 5.550,81)”, disse a FIERN por meio de nota.

Outro setor que se destaca na questão salarial é o da energia eólica, de acordo com a FIERN. Pesquisa do Observatório da Indústria MaisRN já indica que municípios e regiões produtoras conseguiram alcançar médias salariais superiores às das regiões não produtoras. “Para a operação, o setor exige equipes multidisciplinares com formação qualificada, que vão desde engenheiros até assistentes sociais, biólogos e ecólogos, permanecendo em atuação mesmo após a fase de construção”, explica.

A Federação das Indústrias pontua, no entanto, que confiança do setor produtivo na economia potiguar, medida por meio do ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), aponta para uma “queda consistente” que vem ocorrendo desde janeiro de 2024, passando de 60,6 pontos (janeiro/2024) para 53,2 pontos (agosto/2025), o que significa que investimentos, expansões e novas contratações estão se tornando cada vez mais difíceis.

“Assim, estamos em um período de baixas expectativas e menor geração de empregos, o que desenha um cenário em que aumentar os salários iniciais se torna excessivamente custoso para empresas que já buscam alternativas para se manterem ativas diante desse contexto mais desafiador no Rio Grande do Norte”, sublinha a FIERN.

Para elevar os salários médios do RN, e retirá-lo da lista dos estados com menores remunerações, a FIERN destaca ser “essencial adotar políticas públicas integradas que priorizem a educação, promovam a inovação e modernizem o ambiente regulatório, alinhando-se às vocações econômicas do estado”.

Qualificação como vetor de mudança

De acordo com o levantamento da FIRJAN, 77% das ocupações registraram aumento real nos salários de admissão em 2024, destacando a retomada de uma tendência positiva após anos de retração. A FIRJAN ressalta que engenharias, tecnologia e inovação continuam a figurar entre as áreas mais valorizadas, com salários iniciais que ultrapassam a marca dos R$ 10 mil em alguns segmentos, como engenheiros de computação (R$ 13.794) e engenheiros químicos (R$ 11.181).

Para Raniery Pimenta, diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no RN (Senac-RN), os dados demonstram que é preciso investir em qualificação. “Embora os números mostrem um desafio, vemos isso como uma oportunidade de transformação. Desenvolver novas competências, sobretudo nas áreas mais inovadoras, dá ao trabalhador a chance de disputar vagas melhores e com remunerações mais altas”, destaca.

Somente em 2024, foram mais de 33 mil vagas ofertadas em cursos técnicos e de qualificação, um aumento de 20% em relação a 2023, sendo 17 mil através do Programa Senac de Gratuidade (PSG). O diretor ressalta que há grande espaço de crescimento quando o trabalhador investe em competências comportamentais, as chamadas soft skills, como comunicação, relacionamento com o cliente, liderança e visão de negócio.

“Neste ano, mais de 2 mil pessoas, entre público externo e alunos egressos do Senac, foram contratadas por meio da realização de processos seletivos de emprego em parceria com empresas de diversos segmentos do Comércio e de Serviços. Em 2024, mais de 3 mil pessoas foram encaminhadas para o mercado de trabalho. Essas iniciativas mostram que, quando unimos educação de qualidade e oportunidades reais, conseguimos mudar trajetórias de vida”, destaca Raniery Pimenta. “Quando empresa e trabalhador crescem juntos, toda a economia do nosso estado se beneficia”, acrescenta o diretor regional do Senac-RN.

No detalhamento por setores, os salários iniciais de serviços mais elevados aparecem em segmentos como exploração de jogos de azar e apostas (R$ 9.301), serviços financeiros (R$ 5.179) e tecnologia da informação (R$ 4.927), além de pesquisa e desenvolvimento científico (R$ 4.861). Na indústria, atividades como a extração de petróleo e gás natural, com média de R$ 9.104, e a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com R$ 4.186, figuram entre as mais bem pagas.

O levantamento também aponta que, apesar da tendência de alta no país, alguns estados tiveram desempenho reduzido na variação dos salários de admissão entre 2023 e 2024. O Rio de Janeiro foi o único a registrar retração, com queda de 0,4%, enquanto Ceará e Pará ficaram praticamente estáveis, ambos com aumento de apenas 0,1%. Já Acre e Bahia registraram crescimento de 0,9%, próximo dos 0,8% do Rio Grande do Norte.

LEVANTAMENTO

Raio-X do Salário de Admissão, estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN)



TN

TURISMO NO RN VAI DE MAL A PIOR

Atividades turísticas do RN caem 2,7% em julho, quarto resultado negativo seguido

Em julho, o índice de volume de atividades turísticas do Rio Grande do Norte recuou 2,7% em relação ao mês de junho. Esse é o quarto mês consecutivo que o número fica em patamares negativos no ano de 2025. O desempenho do setor turístico potiguar no mês também foi o pior entre os estados da Região Nordeste e o quarto pior do País, atrás apenas de Amazonas (-5,9%), Pará (-3,3%) e Goiás (-2,9%).

As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nessa sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de volume das atividades turísticas do RN para o mês de julho permanece negativo desde 2023, mas foi menor no ano passado (-1,4%). Apesar da queda em volume, a receita nominal do turismo apresentou uma variação positiva de 1,6% em julho deste ano. Em receita, o resultado potiguar foi o menor entre os cinco estados do Nordeste pesquisados pelo IBGE, ao lado da Bahia (1,6%).

No acumulado de janeiro a julho deste ano, o volume de atividades turísticas no estado teve expansão de 5,4% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado positivo foi acompanhado por um crescimento de 13,2% em receita nominal. Já a variação acumulada dos últimos 12 meses foi ainda maior: 7,4% em volume de atividades e 14% em receita nominal, em relação ao período anterior de 12 meses.

A nível nacional, o índice de atividades turísticas recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 2,3%. Regionalmente, 10 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-0,7%). A influência negativa mais relevante ficou com Rio de Janeiro (-2,5%), seguido por Bahia (-2,1%) e Amazonas (-5,9%). Em sentido oposto, São Paulo (0,6%) liderou os ganhos do turismo neste mês, seguido por Paraná (2,0%) e Minas Gerais (1,1%).

Setor de serviços tem variações negativas em receita e volume em julho Os índices ficaram negativos para volume e para receita nominal de serviços no mês de julho no Rio Grande do Norte: -1,6% e -2,5%, respectivamente. Esses são os primeiros resultados negativos após dois meses seguidos de variação positiva. Os percentuais são em relação ao mês de junho e consideram ajuste sazonal.

O resultado potiguar nos dois índices coloca o estado na quarta posição entre os estados com piores desempenhos do País, a frente apenas de Tocantins (-3,5%), Mato Grosso (-3%) e Amazonas (-2,4%) em receita, e Tocantins (-3,6%), Amazonas (-3,5%) e Amapá (-3%) em volume.

A variação também foi negativa na comparação com o julho de 2024, que resultou em uma queda de 4,3%. Na mesma comparação, o índice de receita apresentou variação positiva de 0,4%.

No ano, o setor de serviços potiguar acumula alta de 4,7% em volume e 10,1% em receita, em relação ao mesmo período de 2024. O acumulado em 12 meses também foi de altas, com 6,9% para volume de serviços e 11,9% para receita nominal. Apesar dos resultados positivos, os dados apontam redução do ritmo de crescimento frente ao observado em junho de 2025.

Sobre a PMS

A Pesquisa Mensal de Serviços tem como objetivo produzir indicadores que permitam acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos empresariais não-financeiros do setor de serviços, excluindo-se os da saúde e da educação, complementando, através da análise de curto prazo, o mapeamento da estrutura das atividades de serviços no País, efetuado pela Pesquisa Anual de Serviços – PAS.

Os resultados completos da pesquisa podem ser consultados na página da pesquisa no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), por meio do link: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pms/tabelas. A próxima divulgação da PMS, referente a agosto de 2025, está programada para o dia 14 de outubro.

TN