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31/07/2025

MONTADORA CHINESA CHAMA MONTADORAS QUE ATUAM NO BRASIL DE 'PREGUIÇOSAS' E 'DINOSSAUROS'

Chineses chamam montadoras de “preguiçosas” e “dinossauros”

Após os presidentes das quatro maiores montadoras do Brasil enviarem uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticando um plano de incentivo para importação de veículos desmontados, a montadora chinesa BYD decidiu se manifestar. Em carta divulgada nesta quarta-feira (30), a empresa chamou seus concorrentes de “obsoletos” e classificou a Toyota, Stellantis, Volkswagen e General Motors como “dinossauros”.

A medida, sob coordenação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, deve beneficiar especialmente montadoras chinesas que operam no modelo SKD (Semi Knocked Down), com baixa geração de empregos e pouca contratação de fornecedores brasileiros. Por isso, as quatro montadoras afirmaram que poderiam demitir até 15 mil trabalhadores e levar a um corte de pelo menos R$ 60 bilhões dos R$ 180 bilhões anunciados em investimentos no setor automotivo.

Na carta, no entanto, a BYD afirmou que, na carta, as concorrentes pediram “que o governo impeça a redução temporária dos impostos para quem ousa oferecer carros melhores por um preço mais justo”.

Além disso, afirmou que o plano “está sendo bem recebido pelos consumidores — aqueles mesmos que, por décadas, foram obrigados a pagar caro por tecnologia velha e design preguiçoso”.

– Agora, chega uma empresa chinesa que acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico na garagem da classe média, e os dinossauros surtam. Não foi por acaso que uma concorrente reduziu o valor de um modelo elétrico em mais de 100 mil reais depois da chegada da BYD. Por que antes custava tanto? – indagou.

A montadora chinesa também disse que a reação das outras montadoras faz parte “do velho roteiro de sempre: diante de qualquer sinal de abertura de mercado ou inovação, surgem as ameaças de demissões em massa, fechamento de fábricas e o fim do mundo como conhecemos”.

– A carta fala em “concorrência desleal”. Porque nada é mais desleal do que alguém jogar o jogo — e ganhar. Nada mais injusto do que montar um carro no Brasil sob o regime autorizado pelo governo, com data marcada para nacionalizar a produção, e ainda assim entregar um produto que as “locais” não conseguem nem sonhar em oferecer – afirmou a empresa.

Leia a íntegra do documento:

Por que a BYD incomoda tanto?

Empresa que trouxe carros tecnológicos, sustentáveis e mais acessíveis é atacada por concorrentes obsoletos

Dizem que o futuro chega de repente. Mas, às vezes, o que chega de repente é o e-mail. O da vez foi uma carta enviada por quatro das maiores montadoras brasileiras ao Presidente da República, implorando para ele abortar a inovação.

É isso mesmo: pedem, com todas as letras, que o governo impeça a redução temporária dos impostos para quem ousa oferecer carros melhores por um preço mais justo.

Assinada por representantes da Toyota, Stellantis, Volkswagen e General Motors, a carta tem o tom dramático de quem acaba de ver um meteoro no céu. O problema não é o meteoro, claro. O problema é que ele está sendo bem recebido pelos consumidores — aqueles mesmos que, por décadas, foram obrigados a pagar caro por tecnologia velha e design preguiçoso.

Agora, chega uma empresa chinesa que acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico na garagem da classe média, e os dinossauros surtam. Não foi por acaso que uma concorrente reduziu o valor de um modelo elétrico em mais de 100 mil reais depois da chegada da BYD. Por que antes custava tanto?

A carta fala em “concorrência desleal”. Porque nada é mais desleal do que alguém jogar o jogo — e ganhar. Nada mais injusto do que montar um carro no Brasil sob o regime autorizado pelo governo, com data marcada para nacionalizar a produção, e ainda assim entregar um produto que as “locais” não conseguem nem sonhar em oferecer.

A reação da Anfavea e seus associados, infelizmente, não é novidade. Trata-se do velho roteiro de sempre: diante de qualquer sinal de abertura de mercado ou inovação, surgem as ameaças de demissões em massa, fechamento de fábricas e o fim do mundo como conhecemos.

É uma espécie de chantagem emocional com verniz corporativo, repetida há décadas pelos barões da indústria para proteger um modelo de negócio que deixou o consumidor brasileiro como último da fila da modernidade.

A ironia é que, enquanto as cartas se empilham em Brasília, os consumidores já tomaram sua decisão. Basta olhar os comentários nas redes sociais da própria Anfavea:

“Lutar por carro mais barato vocês não lutam, agora querem nosso apoio pra quê?”

Ou ainda:

“Sempre vou dizer o seguinte: se a Anfavea está tão incomodada, é porque o outro lado vale a pena.”

Os brasileiros querem andar para frente — e não seguir em marcha a ré.

A redução temporária de imposto que a BYD pleiteia segue uma lógica simples e razoável: não faz sentido aplicar o mesmo nível de tributação sobre veículos 100% prontos trazidos do exterior e sobre veículos que são montados no Brasil, com geração de empregos locais, movimentação da cadeia logística e pagamento de encargos.

Isso não é nenhuma novidade. Outras montadoras já adotaram a mesma prática antes de ter a produção completa local.

E a BYD está fazendo isso. Em menos de um ano e meio, já está finalizando a primeira etapa das obras da fábrica em Camaçari (BA), no mesmo local onde outra montadora, que também era tradicional, desistiu do Brasil.

Apenas o galpão de montagem final já é mais do que a metade do tamanho da antiga fábrica inteira. E o contrato com o Governo da Bahia já previa essa fase inicial de montagem enquanto o restante da estrutura é finalizado. Nada foi alterado. Tudo dentro do planejamento desde o começo.

O incômodo das concorrentes não tem a ver com impostos, nem com montagem, nem com empregos. Tem a ver com a perda de protagonismo. Com o fato de que um novo player chegou oferecendo mais e cobrando menos. Com o fato de que a tecnologia finalmente deixou de ser um luxo para poucos e virou realidade para muitos.

O que a BYD propõe ao Brasil não é um atalho nem uma esperteza fiscal. É uma visão de futuro com veículos mais limpos, mais seguros, mais conectados e com custo-benefício justo. Ajudar o Brasil a acelerar essa transição é um movimento estratégico não só para a marca, mas para o país.

O Presidente deveria ouvir essas cartas — e usá-las como prova de que está no caminho certo. Porque, se os dinossauros estão gritando, é sinal de que o meteoro está funcionando.

pleno.news

NEGÓCIOS: PESQUISA APONTA QUE BRASILEIROS PREFEREM QUE O BRASIL FIQUE MAIS PRÓXIMO DOS EUA

PoderData: Para 59%, Brasil deve ficar mais próximo dos EUA do que da China

O Brasil deveria ter mais relações comerciais com os Estados Unidos do que com a China para 59% dos brasileiros, de acordo com levantamento do PoderData divulgado nesta quinta-feira (31).

Na outra ponta, 32% optaram por responder que o país deveria se aproximar dos chineses. 

Os que não souberam responder somam 9%.



A pesquisa também dividiu os dados em recortes demográficos; os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foram os que mais optaram por escolher os EUA, com 61%, contra 58% dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em relação à escolha da China, os que declararam voto a Lula representam 33%; em Bolsonaro, 30%.

O levantamento ouviu 2.500 pessoas em 182 municípios entre os dias 26 e 28 de julho, por meio de ligações telefônicas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

CNN

29/07/2025

MADURO DESISTE DE TARIFAÇO CONTRA O BRASIL: SERIA SACANAGEM DEPOIS DE TER A DÍVIDA COM O BRASIL PERDOADA

Venezuela volta atrás e desiste de tarifaço de até 77% ao Brasil

País retomou isenção de imposto a itens com certificado de origem brasileira; não foi divulgado se aumento havia sido proposital ou um erro burocrático

Depois de anunciar que passaria a taxar produtos brasileiros com alíquotas de até 77%, a Venezuela voltou atrás e retomou a isenção do imposto de importação a itens com certificado de origem do país.

Segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, 28, pelo governo de Roraima — estado que seria o mais afetado pela tributação –, a decisão do país vizinho “restabelece a normalidade no comércio” entre as duas nações, após exportadores terem sido surpreendidos, na última semana, com a cobrança da taxa aduaneira.

Adotada sem aviso prévio, a medida gerou dúvidas sobre se teria ocorrido por um erro burocrático ou de propósito. Até esta segunda-feira, 25, não havia maiores informações sobre a justificativa por trás da alteração.

O governador Antonio Denarium (PP) comemorou a retomada da isenção e sinalizou a importância da parceria comercial de forma bilateral. “A Venezuela é o principal destino das exportações roraimenses. Essa taxação poderia prejudicar fortemente o comércio transfronteiriço, afetando empregos, renda e arrecadação. Com a normalização, os empresários ganham mais segurança para continuar exportando para esse mercado, que é essencial para a economia de Roraima”, afirmou o mandatário.

Segundo Eduardo Oestreicher, coordenador de Negócios Internacionais da Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação do estado, o sistema Sidunea — utilizado para o controle aduaneiro e comércio exterior no país — já foi ajustado e voltou a reconhecer os certificados de origem que acompanham as cargas exportadas.

O Seniat, órgão tributário da Venezuela, também retomou a emissão do benefício tributário sobre o imposto ad valorem, disse o secretário. “Ou seja, as cargas internalizadas na aduana venezuelana já não pagam mais a taxa cheia, e sim, com o benefício previsto. Praticamente todos os produtos estão com isenção de 100% sobre esse imposto”, explicou Oestreicher.

Cobrança

Na última semana, a Venezuela começou a taxar os produtos importados do Brasil com alíquotas que variavam de 15% a 77% mesmo nos casos em que deveria haver isenção mediante apresentação de certificado de origem. A informação inicial sobre a cobrança inesperada foi da Folha de Boa Vista, de Roraima, e foi confirmada pela Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier) em nota enviada à VEJA NEGÓCIOS.

Na prática, os exportadores brasileiros vinham relatando dificuldade de ter seus certificados de origem brasileira aceitos pelas autoridades venezuelanas, o que acabou fazendo com que as tarifas fossem cobradas.

Na semana anterior, afirma o governo de Roraima, exportadores relataram que a cobrança gerou custos inesperados e insegurança jurídica nas operações comerciais com a Venezuela.

Como forma de negociar o tarifaço, o secretário Eduardo Oestreicher, que também é presidente da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria de Roraima, enviou na terça-feira, 22, uma carta à embaixadora do Brasil em Caracas solicitando apoio diplomático para reverter a cobrança.

Isenção

Desde 2014, o Brasil e a Venezuela têm um Acordo de Complementação Econômica, que concede livre mercado a praticamente todos os produtos comercializados entre os países. Pelo acordo, os produtos com certificado de origem têm direito à isenção do imposto de importação ad valorem, conforme critérios específicos por tipo de mercadoria.

veja

27/07/2025

TARIFAÇO: DIA 1º DE AGOSTO ENTRA EM VIGOR - SEGUNDO SECRETÁRIO DE TRUMP - VEJA TABELA

‘Sem prorrogações’: Secretário de Trump confirma que tarifas entram em vigor em 1º de agosto

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que as tarifas impostas pelo país entrarão em vigor no dia 1º de agosto, “sem prorrogações”.

A declaração, dada durante entrevista à emissora americana Fox News, foi divulgada pelo perfil oficial da Casa Branca neste domingo (27), na rede social X.

“Sem prorrogações, sem mais períodos de carência — em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A Alfândega começará a arrecadar o dinheiro”, garantiu.

Apesar do ‘ultimato’, o secretário de Trump também disse que, mesmo depois que as tarifas já estejam estabelecidas, os países ainda poderão negociar com o governo americano:

“As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Se elas poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão… Mas ele está sempre disposto a negociar”.

Questionado especificamente sobre as negociações para um acordo com a União Europeia, Lutnick afirmou que o bloco precisa abrir seus mercados para as exportações dos EUA para convencer o presidente norte-americano a retirar as tarifas de 30% estabelecidas.

Relação ‘não tem sido boa’, justificou Trump sobre tarifas de 50%

No dia 23, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que aplicou tarifas de 50% a países com os quais o relacionamento “não tem sido bom”. Embora não tenha sido citado diretamente, o Brasil está entre eles.

No dia 9 de julho, Trump publicou uma carta endereçada ao presidente Lula (PT) anunciando a aplicação de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. Ele justificou a medida com argumentos políticos e comerciais.

Nesta quinta-feira, durante evento em Washington D.C., Trump afirmou que estabeleceu tarifas que variam de 15% a 50% para pressionar outros países a abrir seus mercados.

“Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tem sido bom com esses países. Então apenas dissemos: ‘vão pagar 50’. E é isso”, afirmou.

Veja a lista de afetados:

África do Sul: 30%
Argélia: 30%
Bangladesh: 35%
Bósnia e Herzegovina: 30%
Brasil: 50%
Brunei: 25%
Camboja: 36%
Canadá: 35%
Cazaquistão: 25%
Coreia do Sul: 25%
Filipinas: 20%
Indonésia: 32%
Iraque: 30%
Japão: 25%
Laos: 40%
Líbia: 30%
Malásia: 25%
México: 30%
Mianmar: 40%
Moldávia: 25%
Sérvia: 35%
Sri Lanka: 30%
Tailândia: 36%
Tunísia: 25%
União Europeia: 30%

g1

21/07/2025

BOLSONARO RECEBE APOIO EXPRESSO DO PRIMEIRO-MINISTRO DA HUNGRIA

Primeiro-ministro da Hungria expressa apoio a Jair Bolsonaro

Nesta segunda-feira (21), o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, usou as redes sociais para manifestar apoio ao ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL). Ele criticou as medidas restritivas que foram impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao ex-chefe do Executivo.

Segundo Orbán, “julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de Justiça”. Ele incentivou Bolsonaro a continuar lutando.

– Continue lutando, @jairbolsonaro! Ordens de silêncio, proibições de redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça. Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação! – escreveu Orbán.


19/07/2025

GUERRA EUA X BRASIL: TRUMP PODE BLOQUEAR SATÉLITES E GPS

Sanções de Donald Trump podem bloquear satélites e GPS no Brasil

A possibilidade de novas sanções do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o governo brasileiro podem gerar o bloqueio de satélites e GPS no Brasil, além do aumento das tarifas de 50% para 100% e a adoção de punições com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Integrantes do Departamento de Estado americano teriam dito a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que a revogação de vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de outros magistrados da Corte, é apenas o começo e que “o Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21”. As informações são do Painel, da Folha de S.Paulo.

Trump teria dito que a decisão de Moraes contra Bolsonaro, nesta sexta-feira (18), foi o mesmo que uma declaração de guerra contra ele e os EUA.

17/07/2025

APROVADO PELO PARLAMENTO DE PORTUGAL PACOTE QUE RESTRINGE IMIGRAÇÃO - BRASILEIROS SÃO ATINGIDOS

Parlamento de Portugal aprova pacote que restringe imigração

Nesta quarta-feira (16), o Parlamento de Portugal aprovou um pacote anti-imigração que impõe diversas restrições para quem deseja morar no país e também para aqueles que já estão em território português. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa passar pela Presidência da República, que pode sancionar ou vetar o texto.

As mudanças principais são:

– criação de um visto específico para procura de trabalho qualificado e o fim da manifestação de interesse para a obtenção de autorização de residência;

– limitação do direito de reagrupamento familiar;

– criação de uma “Polícia de Estrangeiros”, a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras.

A manifestação de interesse, extinta pela nova lei, era a forma como grande parte dos estrangeiros – em sua maioria, brasileiros – regularizava a sua estadia em Portugal enquanto aguardava a autorização da residência no país europeu.

Essas restrições a imigrantes se somam a um movimento de fechamento do país a estrangeiros já adotado pelo governo português, que havia anunciado, em junho, que 34 mil imigrantes seriam notificados a sair do país, entre eles 5 mil brasileiros que tiveram o pedido de residência por manifestação de interesse negado. Os brasileiros representam o maior grupo de estrangeiros no país.

O reagrupamento familiar, por sua vez, é um direito concedido a cidadãos que residem legalmente no país e que também era usado por muitos brasileiros para levar filhos e cônjuges para Portugal.

– A política que Portugal está implementando é, de fato, voltada para regularizar a questão imigratória. Não se trata apenas de brasileiros, mas de todos aqueles que estão ilegalmente no país – seja por não terem processo de residência, por terem tido o processo negado, ou por estarem com o visto vencido e não renovado – disse Luiza Costa Russo, advogada especializada em cidadanias portuguesas e espanholas.

E acrescentou:

– Portugal vivenciou um verdadeiro colapso por ter mantido as portas muito abertas – para não dizer escancaradas – e agora está, aos poucos, fechando essas portas. Portanto, se brasileiros, ou pessoas de qualquer outra nacionalidade ou etnia, estiverem em situação irregular, Portugal pode solicitar, convidar ou até mesmo forçar que deixem o país.

A lei aprovada pelo Parlamento extingue a manifestação de interesse, estabelecendo um período transitório, até 31 de dezembro de 2025, para que pedidos de autorização de residência baseados em manifestações de interesse sejam apresentados. Após esse período, o formato deixaria de existir.

Ao mesmo tempo, institui um visto para procura de trabalho qualificado. O texto não detalha o conceito de trabalho qualificado, mas atribui uma diferença ao visto que era concedido até então, em que o estrangeiro podia entrar legalmente e permanecer por 120 dias (prorrogáveis por mais 60) para procurar emprego, sem a necessidade de ter uma oferta de trabalho formal antes de viajar.

Agora, o texto propõe que o visto pode ser concedido ao “titular de competências técnicas especializadas”, as quais seriam definidas futuramente – uma restrição que não existia. Estrangeiros, muitas vezes, começavam com empregos “de base” para regularizarem sua estadia no país e, então, eventualmente procuravam trabalhos mais especializados.

O projeto de lei também diz que, caso o imigrante não inicie uma atividade profissional dentro do prazo de 120 dias, terá de abandonar o país e só poderá solicitar um novo visto para o mesmo fim um ano após a expiração do visto anterior.

Dessa forma, brasileiros que estejam em Portugal procurando por trabalhos não considerados qualificados ou que não conseguirem um emprego em 120 dias podem ser obrigados a sair do país.

Aqueles que tenham entrado ou permanecido em Portugal de forma ilegal teriam o visto de procura de trabalho qualificado recusado.

No caso de membros da família que já se encontram em território português, o direito ao reagrupamento familiar seria concedido, conforme a lei aprovada no Parlamento português, apenas aos familiares menores de idade, dependentes do requerente e que tenham entrado legalmente no país.

A exceção fica para os residentes legais que tenham Autorização de Residência para Atividade Altamente Qualificada, Autorização de Residência para Investimento ou Cartão Azul da União Europeia Os portadores desse tipo de residência podem solicitar o reagrupamento de familiares que já estejam em Portugal, mesmo que não sejam menores de idade, desde que coabitem e dependam do requerente.

Já no caso de membros da família que estão fora de Portugal, o direito ao reagrupamento familiar seria concedido a familiares de estrangeiros que residam legalmente no país há pelo menos dois anos.

Essa alteração impactaria diretamente muitas famílias que imigram para Portugal por conta do visto do pai ou mãe e que pediam o agrupamento familiar dos outros membros da família já estando no país.

O pedido de reagrupamento familiar deverá, se sancionada a lei, ser decidido no prazo de nove meses, prorrogável por igual período em “circunstâncias excepcionais”.

O projeto de lei também cria uma nova força policial, a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (Unef), uma unidade especial dentro da Polícia de Segurança Pública para fiscalizar a permanência de cidadãos estrangeiros e o controle de fronteiras externas.

O órgão teria como função instruir e gerir os processos de afastamento coercivo, expulsão, readmissão e retorno voluntário de cidadãos estrangeiros, além de executar estas decisões, especialmente por via aérea.

Dessa forma, a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) passaria a exercer funções apenas de natureza administrativa sobre a entrada, permanência e saída de estrangeiros.

Com informações AE

14/07/2025

MEMBROS DO BRICS ESTÃO PROCURANDO TRUMP PARA NEGOCIAR TARIFAS - E AGORA, LULA DA SILVA?

Membro do Brics, Índia negocia redução de tarifas com Trump

A Índia, que compõe o Brics, está avançando em sua negociação junto ao governo dos Estados Unidos para reduzir as tarifas para menos de 20%, o que a colocaria em condição privilegiada no comércio internacional quando comparamos aos demais países da região asiática.

A Índia acredita que não sofrerá tarifas adicionais, uma realidade bem distinta de outros países que foram notificados no decorrer da última semana. Este acordo provisório em andamento garantiria que o país asiático resolvesse pendências antes do anúncio de um acordo definitivo, se livrando de uma taxação mais severa.

Uma vez que consiga o resultado almejado, a Índia gozaria da vantagem de pertencer a um seleto grupo de nações que obtiveram a redução tarifária junto ao governo Donald Trump.

O republicano anunciou imposto de até 50% a alguns parceiros comerciais, notícia que pegou muitos deles de surpresa. Assim como o Brasil, o prazo final das negociações se encerram no último dia de julho e a implementação tributária passa a vigorar a partir de 1º de agosto.

Na contramão dos interesses de seu país, Lula sobe o tom e ameaça adotar a “reciprocidade” para com a maior potência econômica do mundo, agravando ainda mais a crise diplomática com os Estados Unidos. O petista sugere impor as mesmas tarifas aos produtos americanos.

11/07/2025

ARGENTINA: MAIS UM EX-PRESIDENTE AMIGO DE LULA É PROCESSADO POR CORRUPÇÃO

Ex-presidente Alberto Fernández é processado por corrupção

A Justiça da Argentina processou, nesta quinta-feira (10), o ex-presidente Alberto Fernández, sob a acusação de que atos de corrupção teriam sido praticados durante seu governo. As acusações se referem à contratação, com dinheiro público, de seguros que teriam beneficiado o marido de sua secretária particular.

O juiz Sebastián Casanello indiciou Fernández pelo crime de “negociações incompatíveis com o exercício da função pública”. No Código Penal argentino, a pena para esse crime varia de um a seis anos de prisão, e proibição perpétua de exercer cargos públicos. Além do ex-presidente, outras 33 pessoas também foram processadas.

Casanello detalhou em sua decisão que Héctor Martínez Sosa, corretor de seguros e marido de María Cantero, assistente particular do ex-presidente, foi beneficiado por um decreto de 2021 assinado por Fernández. Esse decreto determinava que entidades públicas deveriam contratar os serviços da empresa Nación Seguros.

O juiz também embargou 14,6 bilhões de pesos (R$ 64,3 milhões) em bens de Fernández. Cantero foi processada por negociações incompatíveis e descumprimento dos deveres de funcionária pública; Martínez Sosa, como partícipe necessário do crime de negociações incompatíveis; e o ex-chefe da Nación Seguros, Alberto Pagliano, por administração fraudulenta agravada e negociações incompatíveis.

Fernández havia sido indiciado em fevereiro de 2024 pelo promotor federal Ramiro González, após uma denúncia da advogada Silvina Martínez. Ela o acusou dos crimes de violação dos deveres de funcionário público, abuso de autoridade e peculato.

A denúncia pedia investigação sobre supostas irregularidades envolvendo o decreto 831, assinado por Fernández em dezembro de 2021. Esse decreto exigia que todos os órgãos públicos contratassem seguros da Nación Seguros, empresa do banco estatal Banco Nación. A suspeita é que amigos do ex-presidente teriam sido beneficiados como intermediários, cobrando milhões em comissões.

EFE

09/07/2025

LASCOU: BRASIL RECEBE TARIFAÇO DE TRUMP EM 50% - LULA DESESPERADO

URGENTE: Trump cumpre promessa e anuncia tarifa de 50% para o regime brasileiro

Cumprindo o que havia prometido, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (9) a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações do Brasil para o mercado americano. A medida entra em vigor a partir de 1º de agosto de 2025 e representa um dos maiores aumentos tarifários já aplicados ao país.

A decisão foi comunicada diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de uma carta assinada por Trump. No documento, o ex-presidente americano mistura críticas econômicas e políticas, com ataques diretos ao governo brasileiro e à condução do processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Conheci e me relacionei com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o respeitei profundamente, assim como a maioria dos outros líderes mundiais”, escreveu Trump.

Segundo ele, a forma como o Brasil vem tratando Bolsonaro representa “uma vergonha internacional” e uma “caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”.

Na carta, Trump também acusa o Supremo Tribunal Federal de censurar ilegalmente plataformas de mídia social norte-americanas.

“O Brasil emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS às plataformas de mídia social dos EUA”, afirmou, alegando que tais práticas violam a liberdade de expressão dos americanos.

Como justificativa econômica, o republicano argumenta que as relações comerciais entre os dois países são desequilibradas.

“Nosso relacionamento tem sido, infelizmente, longe de ser recíproco”, disse.

Ele afirmou ainda que o valor de 50% é “muito aquém do necessário” para corrigir as injustiças do atual regime comercial.

A tarifa será aplicada de forma ampla, sem distinção setorial, e qualquer tentativa de burlar a medida — como o uso de portos intermediários — também será penalizada. No entanto, Trump sinalizou que empresas brasileiras que optarem por produzir em território americano poderão ser isentas da nova taxa.

jornaldacidadeonline

05/07/2025

POBRE BRASIL: LÁ VEM O IRÃ DESCENDO A LADEIRA

Chanceler do Irã está a caminho do Brasil para participar do Brics

O chanceler do Irã, Abbas Araghchi, se deslocou nesta sexta-feira (4) para o Brasil, a fim de representar o país na Cúpula de Líderes do Brics, segundo integrantes da chancelaria iraniana. Ele deve chegar ao Rio de Janeiro na tarde ndeste sábado (5).

Até o momento, o representante do país não foi confirmado oficialmente pela organização brasileira, mas diplomatas do Brasil já admitiram que o presidente Masoud Pezeshkian não virá, como planejado.

Abbas Araghchi chefiará a delegação do Irã na cúpula, tida por Teerã como um momento para reagir de forma mais ostensiva aos ataques aéreos realizados por Israel e Estados Unidos.

Os negociadores iranianos pressionaram por mais apoio dos demais países do Brics na Declaração de Líderes – e enfrentam resistências de países como Índia, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Eles têm com afinidades políticas e relações de segurança mais próximas com Washington e até com Tel-Aviv.

O governo considerou a ausência de Pezeshkian justificável, em virtude do confronto recente com Israel.

Mas ainda assim, tudo estava programado para que ele viesse. Uma lista consultada há dois dias ainda continha o nome do presidente como chefe da comitiva iraniana.

A base da delegação será o Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde dez integrantes do governo já trabalhavam nos preparativos, com reserva de 70 quartos em três andares e até cozinheiros iranianos.

Segundo diplomatas, a reabertura do espaço aéreo era uma questão relevante em Teerã, pois os bombardeios teriam danificado o sistema de radares da aviação civil e o governo teria que consertá-lo e passa por dificuldades técnicas ligadas à falta de equipamentos e fornecedores, uma consequência das sanções.

Isso atrapalharia decolagens de aviões oficiais, e a chancelaria chegou a considerar para outra viagem regional o deslocamento por terra do ministro até o Azerbaijão.

AE

24/06/2025

VÍNCULOS E PATRIMÔNIO DE GILMAR MENDES EM PORTUGAL SERÃO INVESTIGADO PELO PARTIDO CHEGA

Partido Chega investigará vínculos e patrimônio de Gilmar em Portugal

O presidente do partido português Chega! e líder da direita em Portugal, André Ventura, anunciou que a sigla vai investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Segundo Ventura, o objetivo é examinar a atuação, os vínculos e o patrimônio do magistrado em Portugal, país onde Mendes mantém presença frequente por meio de eventos jurídicos e acadêmicos.

A proposta surgiu em meio a críticas de Ventura ao governo do presidente Lula (PT), que o político português chegou a classificar como uma “ditadura disfarçada”. Ventura tem se destacado por críticas contra o governo brasileiro e seus representantes. Durante a campanha eleitoral portuguesa em 2024, ele chegou a afirmar que prenderia Lula caso fosse eleito primeiro-ministro.

Em outra declaração, disse que o presidente brasileiro não deveria ser autorizado a entrar em Portugal, alegando que o país “já tem corruptos demais”.

As críticas do líder da direita portuguesa se intensificaram nos últimos meses e passaram a incluir ministros do STF, como Gilmar Mendes, que são próximos do atual governo brasileiro.

A polêmica se intensificou com a aproximação do Fórum de Lisboa, organizado por Gilmar Mendes por meio do IDP, instituição da qual o ministro é sócio-fundador.

O evento, apelidado de “Gilmarpalooza” por críticos, reunirá diversos nomes do Judiciário, da política e do empresariado. Entre os palestrantes confirmados estão seis ministros do STF, incluindo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

DP

22/06/2025

'HAVERÁ PAZ OU UMA TRAGÉDIA MUITO MAIOR' - DIZ TRUMP APÓS ATAQUE AO IRÃ

Trump após ataque: “Haverá paz ou uma tragédia muito maior”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu ao Irã a escolha entre “paz ou tragédia” após o bombardeio americano de três instalações nucleares em solo iraniano realizado neste sábado (21), e insistiu na capacidade de Washington de atacar novos alvos se “a paz não chegar rapidamente”.

– Isso não pode continuar. Haverá paz ou uma tragédia para o Irã muito maior do que a que testemunhamos nos últimos oito dias – advertiu Trump em um breve discurso à nação na Casa Branca, acompanhado pelo vice-presidente, J.D. Vance; o secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth.

Trump lançou uma advertência, garantindo que “ainda há muitos alvos após esta noite”.

– Se a paz não chegar logo, perseguiremos esses outros alvos com precisão, rapidez e habilidade; a maioria deles pode ser eliminada em questão de minutos – declarou ele na Casa Branca duas horas depois de anunciar os ataques, que tiveram como alvo o programa de enriquecimento nuclear do Irã.

INSTALAÇÕES DESTRUÍDAS

Segundo Trump, as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã — Isfahan, Natanz e Fordow — foram completamente destruídas no ataque. A instalação de Fordow, localizada a cerca de 100 quilômetros ao sul de Teerã, é considerada a mais importante do programa nuclear iraniano.

O presidente americano elogiou o Exército de seu país pela missão realizada e garantiu que nenhum outro no mundo poderia ter conseguido. Ele enfatizou que, juntamente com Israel, e especialmente com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi possível avançar “para erradicar essa terrível ameaça a Israel”.

Os Estados Unidos vinham avaliando há vários dias se deveriam ou não se juntar aos bombardeios de Israel contra o Irã, no contexto do atual conflito entre os dois países. Nesse contexto, as Forças Armadas americanas já haviam mobilizado vários componentes de seu colossal arsenal no Oriente Médio, incluindo porta-aviões, caças e bombardeiros.

EFE

14/06/2025

APÓS ATAQUE AO IRÃ ISRAEL FECHA EMBAIXADA E CONSULADO NO BRASIL

Israel fecha embaixada e consulado no Brasil após ataque ao Irã

A Embaixada de Israel em Brasília e o Consulado-Geral israelense em São Paulo estão fechados para o público nesta sexta-feira (13) e não têm data de reabertura. Apesar disso, não há informações oficiais sobre a suspensão dos serviços.

O fechamento das representações ocorre após Israel atacar o Irã na madrugada desta sexta-feira, com a alegação de que o país persa estaria construindo bombas atômicas com potencial de serem usadas contra os israelenses.

O Irã nega o desenvolvimento de armas nucleares e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.

O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu responder aos ataques de Israel que vitimaram altos comandantes militares e cientistas do país, e também danificarem instalações nucleares e fábricas de mísseis.

Em outros países, como na Alemanha, embaixadas israelenses também foram fechadas.

Brasil

Em nota à imprensa, o governo brasileiro condenou a ofensiva aérea israelense contra o Irã no que chamou de “clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”. O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que acompanha a situação com forte preocupação.

Já a Embaixada do Brasil em Tel Aviv emitiu um alerta consular com orientações à comunidade brasileira em Israel, baseada nas diretrizes do Comando de Segurança Interna (Home Front Command). São elas:
  • evitar viagens não essenciais a Israel;
  • os brasileiros visitantes devem considerar a possibilidade de se ausentar de Israel até o retorno à normalidade;
  • os brasileiros que decidirem permanecer em Israel devem evitar se deslocar às áreas de fronteira;
  • seguir as indicações de segurança das autoridades locais;
  • reforçar medidas de segurança, especialmente no norte e sul de Israel;
  • evitar aglomerações;
  • verificar se o passaporte brasileiro ou israelense possui ao menos 6 meses de validade;
  • acompanhar as redes sociais e os canais de contato dos postos diplomáticos do Brasil em Israel;
  • baixar o aplicativo do Home Front Command em dispositivos móveis (smartphones e tablets) e ficar atento aos alertas emitidos.
O aplicativo desenvolvido e mantido pelas Forças de Defesa de Israel fornece, em tempo real, alertas, instruções e informações com o objetivo de salvar vidas. Os avisos podem ser personalizados, de acordo com a localização e áreas de interesse do usuário, como a própria casa e de parentes, escola dos filhos e local de trabalho.

As notificações do Home Front Command estão disponíveis em hebraico, árabe, russo e inglês.

Estadão Conteúdo

07/06/2025

O BRASIL NÃO É COLÔNIA(!?) DE NINGUÉM, MAS O NARCO DITADOR DEITA E ROLA EM CIMA DO SEU 'PARÇA'

Venezuela dá calote no Brasil e contribuinte brasileiro é quem paga a conta

O governo do ditador venezuelano Nicolás Maduro deve ao Brasil, hoje, mais de US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões), mas ignora sistematicamente as cobranças feitas por via diplomática e técnica. Os números constam em um documento enviado ao Congresso pela secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, em resposta a um requerimento do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

O parlamentar questionava o impacto da inadimplência venezuelana sobre os cofres públicos — e os dados falam por si. O calote inclui valores já pagos pela União aos bancos financiadores dos projetos, além de juros acumulados por atraso. O Tesouro Nacional, que cobre essas dívidas por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), precisará desembolsar novos recursos públicos, como os US$ 16 milhões (R$ 90 milhões) previstos até junho, caso Caracas siga inadimplente. Em outras palavras: a conta chega ao contribuinte brasileiro.

A dívida nasceu durante os anos de bonança petista e chavista, quando Lula e Hugo Chávez orbitavam juntos em torno de uma utopia sul-americana de integração econômica. O Brasil, por meio do BNDES, financiou obras grandiosas na Venezuela, como a expansão do metrô de Caracas e a construção da Siderúrgica Nacional. O modelo era simples: o BNDES emprestava o dinheiro, empreiteiras brasileiras executavam os projetos, e o país contratante — no caso, a Venezuela — reembolsava os valores. Mas quando o devedor não paga, entra em cena o FGE, uma espécie de seguro público contra calotes externos.

Esse fundo, alimentado com dinheiro do Orçamento da União, cobre os prejuízos dos bancos quando um país inadimplente — como a Venezuela — deixa de honrar compromissos. Na prática, é como se o governo federal dissesse: “Se eles não pagarem, nós pagamos por eles.” E assim tem sido desde 2016, quando Caracas deu os primeiros sinais de insolvência. Cada parcela não quitada pelos venezuelanos virou uma fatura enviada diretamente aos cofres do Tesouro — e, portanto, aos bolsos dos brasileiros.

A reaproximação política entre Lula e Maduro no início de 2023, que incluiu uma visita do venezuelano a Brasília, parecia sinalizar avanços. Mas a cordialidade diplomática durou pouco. As conversas travaram. O Brasil reabriu os canais de negociação, mas voltou a receber silêncio como resposta. A irritação cresceu quando o Itamaraty vetou a entrada da Venezuela como parceira do BRICS — o que esfriou ainda mais os laços entre os dois países.

A postura de Maduro também contraria os esforços multilaterais para resolver a crise. O Brasil já notificou os atrasos ao Clube de Paris, consórcio informal que reúne os principais credores soberanos do planeta. Mas a Venezuela, isolada econômica e financeiramente, fora dos mercados internacionais e mergulhada em hiperinflação, pouco se importa com normas e acordos do sistema global. E tampouco demonstra disposição em retomar os pagamentos.

Segundo estimativas, o valor total da inadimplência venezuelana seria suficiente para bancar, com folga, programas sociais como o Vale-Gás e o Farmácia Popular. Em vez disso, o dinheiro serve hoje para tapar um rombo externo, fruto de uma decisão política mal calculada.

Mais do que um entrave técnico, trata-se de uma questão de escolha. O governo brasileiro, temendo agravar a instabilidade regional — marcada por fluxos migratórios, tráfico transnacional e crises institucionais —, hesita em adotar medidas mais duras contra Caracas. Mas a complacência tem custo. E ele não recai sobre chanceleres ou presidentes do banco estatal. É o cidadão comum que, via impostos, banca um débito que não contraiu e de cuja negociação sequer participa.

Veja

06/06/2025

UMA COISA É CERTA, TRUMP NÃO É A MULHER DO BATON E NEM A SENHORINHA DA BÍBLIA

Trump Media diz que Moraes não tem direito a soberania por atos no STF

Empresa comandada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Trump Media sustenta que a Lei de Imunidades Soberanas Estrangeiras não deve se aplicar ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O argumento foi apresentado em uma ação protocolada nesta sexta-feira (6/6), na qual a Trump Media pede reparação de danos após Moraes ordenar bloqueio de redes sociais e outras medidas contra empresas e cidadãos norte-americanos nos Estados Unidos.

“Como ministro do STF, o ministro Moraes é funcionário do governo brasileiro. Embora os estados estrangeiros e suas agências e instrumentos normalmente gozem de imunidade sob a Lei de Imunidades Soberanas Estrangeiras, ela não se aplica a um funcionário supostamente ‘agindo em nome do estado estrangeiro’. Qualquer reivindicação de imunidade por um funcionário estrangeiro é regida por princípios de direito consuetudinário.”

“De acordo com o direito consuetudinário da imunidade soberana estrangeira, um funcionário só tem direito a imunidade por atos praticados em sua capacidade oficial e somente quando o exercício da jurisdição sobre esse funcionário for semelhante à aplicação de uma regra de direito contra o Estado estrangeiro. Um funcionário não atua em sua capacidade oficial quando os atos impugnados estão fora do escopo da autoridade desse funcionário – ou seja, os atos são ultra vires“, argumentou a Trump Media.

“Ultra vires” vem do latim e significa “além dos poderes”. É uma expressão jurídica usada para indicar uma ação que excede os limites legais ou autorizados de uma entidade ou autoridade.

O argumento de Moraes

Alexandre de Moraes, por sua vez, argumenta que o bloqueio de redes sociais de cidadãos norte-americanos é necessário, porque pessoas nos Estados Unidos conseguem interagir com usuários de plataformas no Brasil.

Para o ministro, a derrubada de perfis de usuários nos EUA foi necessária para evitar abalos democráticos em solo brasileiro.

Pedidos da Trump Media à Justiça dos EUA

  • Declarar as “ordens de mordaça” inexequíveis nos EUA, pois feririam a Primeira Emenda.
  • Emitir julgamento a favor da Trump Media e da plataforma Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes.
  • Proibir que Moraes obrigue outras empresas, como Google e Apple, a remover ou ameaçar remover o aplicativo Rumble de suas lojas de aplicativos.
  • Conceder reparação de danos a pessoas e empresas impactadas por decisões de Moraes.

Paulo cappelli / Metrópoles

MAIS UMA VERGONHA INTERNACIONAL: LULA DEFENDE DITADOR E MACRON REBATE HUMILHANDO - VÍDEO

Lula protege ditador e Macron rebate de maneira humilhante

A tentativa de Lula de relativizar a invasão russa ao território ucraniano foi duramente rechaçada pelo presidente francês.

Emmanuel Macron afirmou nesta quinta-feira (5) que apenas a Rússia violou a Carta da ONU e enfaticamente afirmou que a integridade territorial da Ucrânia foi violada pela Rússia, em contraste com a posição de Lula.
“Há um agressor, a Rússia, e um agredido, a Ucrânia. Todos queremos a paz, mas os dois não podem ser tratados em pé de igualdade. A proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo foi aceita pelo presidente Zelensky em março e ela continua a ser recusada pelo presidente Putin. Ele iniciou a guerra e não quer um cessar-fogo”, disse Macron.

E prosseguiu:

“Mas não nos enganemos: só há um país que violou o direito internacional e ele, infelizmente, é um integrante permanente do Conselho de Segurança. Há um só país que lançou essa guerra e há um só país que recusa a paz.”

Veja o vídeo: