23/12/2025

CPI SOBRE CONTRATO DO MASTER COM A MULHER DE MORAES É DEFENDIDA POR SENADOR ESQUERDISTA

Senador defende CPI sobre contrato do Master com escritório da esposa de Moraes

O Senado Federal deverá avaliar a criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias envolvendo um contrato milionário entre o Banco Master e o escritório de advocacia da família do ministro do STF Alexandre de Moraes. A proposta de criação de CPI não é de bolsonarista e sim do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), próximo do governo Lula (PT).

Atual relator da CPI do Crime Organizado, Vieira anunciou que irá coletar assinaturas para a nova investigação logo após o recesso parlamentar. Ele acha que o valor do contrato de R$129 milhões do banco de Daniel Vorcaro com o escritório de advocacia chefiado pela esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, estaria “fora dos padrões da advocacia” e envolve suspeitas de “atuação direta do magistrado” em favor do Master.

Alessandro Vieira anunciou sua decisão de propor CPI sobre um caso em um post na rede social X:

“Após o recesso vou coletar as assinaturas para investigação de notícias sobre um contrato entre o banco Master e o escritório da família do ministro Moraes, de 129 milhões de reais, fora do padrão da advocacia, além desta notícia de atuação direta do ministro em favor do banco”.

A denúncia de que Moraes procurou ao menos quatro vezes o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para fazer pressão em favor do Banco Master, foi publicada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. A colunista informou ter ouvido seis fontes sobre o fato.

Segundo a notícia, foram feitos três contatos por telefones e um encontro presencialmente com Galípolo. Em um deles, o ministro teria pedido que o Banco Central aprovasse o negócio a compra do Master pelo BRB. Na ocasião, a venda havia sido anunciada pelas instituições, mas estava pendente de autorização da autoridade monetária.

Coisas consideradas estranhas por parlamentares de oposição têm acontecido no caso do Banco Master, como as decis∫oes do ministro Dias Toffoli, seu relacionamento com advogados contratados por ex-diretores que chegaram a ser presos e também a proibição por ele determinada de acesso da CPMI do INSS a dados e documentos provenientes de quebra de sigilos do Master e de Vorcaro.

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