12/08/2025

OS 'SEMIDEUSES' ESTÃO PREOCUPADOS COM ALGUMA COISA

STF tentou contato para mapear sanções dos EUA, mas falhou

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) buscaram interlocução com agentes políticos e acadêmicos norte-americanos para entender as sanções do governo dos Estados Unidos. Apesar dos esforços, a tentativa não trouxe respostas concretas, conforme revelou a revista Veja.

A aproximação foi motivada por críticas públicas de autoridades norte-americanas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Também pela inclusão do magistrado em sanções recentes.
STF buscou contato com parlamentares republicanos

Conforme a Veja, os ministros acionaram contatos considerados relevantes no Congresso norte-americano, com foco em parlamentares republicanos. Eles também tentaram consultar acadêmicos influentes. Contudo, ouviram que poucos têm acesso aos planos da gestão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre possíveis retaliações ao Brasil.

A intensificação do impasse ficou evidente na última quinta-feira, 7, quando Darren Beattie, subsecretário para Diplomacia Pública dos EUA, afirmou que “os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados”. O norte-americano ainda acrescentou que Washington segue “monitorando a situação de perto”.

No mesmo dia, a Embaixada dos EUA no Brasil compartilhou a mensagem, fato ocorrido enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin recebia Gabriel Escobar, encarregado de negócios da representação norte-americana, em Brasília.

Moraes e a Magnitsky

Simultaneamente, Moraes passou a integrar a lista de sanções da Lei Magnitsky. A legislação determina a suspensão de vistos, bloqueio de bens em território norte-americano e proibição de transações financeiras.

O impacto direto sobre o ministro acentuou o desgaste diplomático entre os países. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil convocou Escobar para esclarecimentos. Trata-se da terceira convocação em 2025.

O Itamaraty definiu as medidas e as manifestações dos EUA como ingerência em assuntos internos. Também reiterou que decisões judiciais brasileiras são tema de soberania nacional.

revistaoeste

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