17/07/2025

LAGOA DE MARACAJAÚ TEM PROLIFERAÇÃO DE JACARÉS - IDEMA LEVA DECISÃO DE TRANSFERIR 60 ANIMAIS

Proliferação de jacarés leva à decisão de transferir 60 animais da lagoa de Maracajaú

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) anunciou, nesta quarta-feira (16), um plano emergencial para a retirada de cerca de 60 jacarés-de-papo-amarelo da lagoa de Maracajaú, em Maxaranguape, no Litoral Norte potiguar. Os animais serão realocados para três rios da região: em Touros, Ceará-Mirim e no Rio Punaú, em Rio do Fogo. O objetivo é conter a superpopulação da espécie e garantir a segurança de moradores e visitantes.

A operação está prevista para começar nas próximas semanas e será acompanhada por um grupo de trabalho interinstitucional, a ser formalizado por decreto municipal. A decisão foi tomada durante uma reunião pública no auditório do Ecoposto da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), que reuniu representantes do Ibama, Batalhão de Polícia Ambiental, Prefeitura de Maxaranguape, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal.

O diretor técnico do Idema, Thales Dantas, também destacou casos de moradores criando vínculos afetivos com os jacarés, algo que considera perigoso por se tratar de animais silvestres.

“Essa quantidade de jacarés na lagoa não é comum. A reprodução acelerada e o hábito de moradores alimentarem os animais comprometem o comportamento natural da espécie e aumentam o risco de incidentes”, explica Thales Dantas.

Segundo o biólogo Marcelo Silva, supervisor do núcleo de fauna do Idema, cada fêmea pode colocar até 50 ovos, com uma taxa média de 30 filhotes sobrevivendo e alcançando a fase adulta. Esse cenário acendeu um alerta entre os técnicos sobre a possibilidade de uma explosão populacional nos próximos meses.

“Nosso objetivo é proteger tanto a comunidade quanto os jacarés, garantindo que eles possam viver em um ambiente adequado, caçando e se alimentando naturalmente”, reforçou Dantas.

O Idema também fez um alerta à população: “Não alimentem os jacarés. Essa prática coloca em risco a segurança e desestabiliza o ecossistema local.”

A retirada dos jacarés da lagoa integra um esforço mais amplo de educação ambiental e gestão da fauna silvestre, com foco na preservação do equilíbrio ecológico da área. Além da retirada dos adultos, o Idema continuará monitorando a lagoa para evitar novos surtos populacionais.

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