Um mês depois, Ronaldinho segue preso no Paraguai e sem perspectiva de sair
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Neste sábado, 4 de abril, Ronaldinho Gaúcho amanheceu pela trigésima vez num cela da Agrupación Especializada, um quartel da Polícia Nacional do Paraguai transformado em cadeia em Assunção. O passaporte adulterado que ele e Assis usaram para entrar no Paraguai – e que custaram R$ 30 mil reais cada um – foram o ponto de partida de uma investigação do Ministério Público e do Ministério de Tributação (o equivalente a Receita Federal do Brasil) que já resultou na prisão de 15 pessoas e começou a desvendar um esquema milionário de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e produção de documentos falsos.
O "Caso Ronaldinho", que um mês atrás começou em ritmo vertiginoso, hoje se move com lentidão. Na noite daquele mesmo 4 de março, Ronaldinho e Assis receberam no hotel a visita de autoridades paraguaias. Passaram a noite sob custódia e, no dia seguinte, contaram ao Ministério Público tudo o que sabiam. Admitiram que tentaram entrar no país com aqueles documentos, mas que não sabiam serem falsos. O MP paraguaio enquadrou os irmãos Assis numa figura jurídica chamada "critério de oportunidade", que a grosso modo permite aos réus não serem acusados formalmente pelos crimes que cometeram, desde que consigam reparar o dano causado. Na prática: Ronaldinho e Assis seriam submetidos a uma "pena social" – uma doação para uma ONG, por exemplo – e poderiam deixar o Paraguai.
Na audiência em que seria definida o tamanho dessa "pena social", houve uma reviravolta. A justiça não aceitou dar o "critério de oportunidade" para Ronaldinho e Roberto. O Ministério Público mudou sua posição e pediu a prisão preventiva dos irmãos Assis. As 22h de sexta-feira, 6 de março, quando estavam num hotel próximo ao aeroporto, os irmãos Assis foram detidos e levados para a Agrupación Especializada. Desde então três recursos apresentados pela defesa de Ronaldinho foram negados pela Justiça. Os advogados de defesa não conseguiram nem mudar os irmãos Assis para uma prisão domiciliar, e nem anular a prisão preventiva, que no Paraguai pode durar até seis meses. O argumento para mantê-los presos foi sempre o mesmo: soltá-los poderia prejudicar o andamento das investigações.
Com informações do ge
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