Dilma mentiu à nação e houve barganha, sim, diz Eduardo Cunha
Nesta quarta-feira (2), o
presidente da Câmara acolheu o principal pedido de impeachment
protocolado na Câmara por partidos da oposição contra a presidente. A
abertura do processo de impeachment ocorreu no mesmo dia em que
deputados do PT anunciaram que votarão contra o peemedebista no Conselho
de Ètica da Câmara, onde ele é investigado por suposta participação no
escândalo da Lava Jato.
Após o acolhimento do pedido, Dilma fez pronunciamento em que disse que “nunca fez barganha”. “Nos
últimos tempos, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha
dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara
dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de
impeachment. Eu jamais aceitaria quaisquer tipos de barganha, muito
menos aquelas que atentem contra o funcionamento das livres instituições
democráticas deste país”, disse a petista.
“A presidente ontem mentiu à nação quando disse que não autorizava
qualquer barganha. A barganha veio, sim, veio proposta pelo governo e eu
recusei a barganha”, declarou o peemedebista.
Segundo o presidente da Câmara, o ministro da Casa Civil Jaques
Wagner levou o deputado André Moura (PSC-SE), aliado de Cunha, a uma
audiência com Dilma na qual foi proposta a troca do apoio pela aprovação
da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) pelos
três votos de deputados do PT no Conselho de Ética, que analisa a
cassação de Cunha. O governo tem interesse em aprovar a CPMF para ajudar
no chamado ajuste fiscal, pacotes de medidas para diminuir o rombo nas
contas públicas.
Ele também negou que a abertura do processo de impeachment seja
resultado de “chantagem” com o Palácio do Planalto. “Não quero agredir a
presidente. A decisão [de acatar o impeachment] é factual, é concreta,
tem tipificação clara.”
UOL
Um comentário:
Olá Blogueiro ! A barganha é uma prática muito antiga na política nacional, em todas as esferas (Municipal,Estadual e Federal) essa troca de favores por exemplo (aprovação da CPMF x deixa Eduardo Cunha quieto) é só mais um rio de lama que assola o resto desse país.Se é que ainda podemos dizer, que somos um resto ! (Bosco)
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