Demóstenes tinha direito a 30% de arrecadação de bicheiro, diz revista

Carta Capital revela investigação da PF, que concluiu em relatórios que líder do DEM no Senado abocanhava dinheiro ilegal; Agripino quer explicações.

A situação do líder do Democratas no Senado Federal, Demóstenes Torres, se complicou após a revista Carta Capital ter vazado o conteúdo de relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da PF em Goiânia, que indicam: Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino do bicheiro Carlinhos Cachoeira, e que é calculada em, aproximadamente, 170 milhões de reais nos últimos seis anos. "Dessa forma, sabe-se agora que Demóstenes Torres, ex-procurador, ex-delegado, ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, mantinha uma relação direta com o bando de Cachoeira, ao mesmo tempo em que ocupava a tribuna do Senado Federal para vociferar contra a corrupção e o crime organizado no País", diz o texto do jornalista Leandro Fortes. Mais cedo, o jornal O Globo revelara que Demóstenes teve despesas pagas pelo bicheiro que se encontra atualmente preso na penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró.

Presidente nacional do partido, o senador José Agripino tem pedido aos seus pares que considere a "conveniência" em convocar o líder do partido na Casa para prestar esclarecimentos ao Conselho de Ética. Também na manhã de hoje, o senador José Agripino comentou à reportagem do Nominuto.com que o caso deve ser esclarecido. Após a revelação da revista Carta Capital, a reportagem tentou outro contado com presidente nacional do Democratas, mas ele não atendeu nem retornou as chamadas.