Futurista crava: Pix coloca o Brasil 10 anos à frente dos EUA — enquanto governo só assiste
O futurista australiano Brett King afirmou, em Brasília, que o Pix colocou o Brasil cerca de 10 anos à frente dos Estados Unidos em tecnologia de pagamentos. A declaração foi dada em entrevista antes de uma palestra no Encontro Anual de Gestores da Caixa, banco público federal, conforme o Metrópoles. Segundo ele, o sistema brasileiro é hoje referência mundial em pagamentos digitais rápidos e baratos.
Autor do livro Bank 2.0., lançado em 2010, King foi um dos primeiros a prever o fim das filas bancárias, das senhas de papel e a ascensão dos aplicativos e das fintechs. Nos últimos anos, passou a se dedicar ao impacto da inteligência artificial (IA) na economia e na sociedade, tema do livro The Rise of Technosocialism, lançado em 2021.
De acordo com o futurista, empresas globais como Visa e Mastercard já trabalham com a ideia de um “futuro sem plástico”, inspirado em modelos semelhantes ao Pix. Em termos simples, isso significa menos cartões físicos e mais pagamentos digitais instantâneos, direto pelo celular, como já ocorre no Brasil.
King também alertou para a chamada “bolha da IA”, afirmando que os investimentos podem estar inflando artificialmente ações de empresas de tecnologia. Ainda assim, fez um alerta claro: mesmo sendo uma bolha, a inteligência artificial deve ser a tecnologia de maior impacto dos últimos mil anos, com potencial de ampliar desigualdades se não houver preparo — algo que, segundo ele, muitos governos ainda ignoram.

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