*O deputado Eduardo Bolsonaro não poupou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que aceitou denúncia da PGR e o tornou réu por suposta coação no processo envolvendo Jair Bolsonaro. Para ele, trata-se de mais uma “caça às bruxas”, ecoando até mesmo o termo usado pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre o julgamento do ex-presidente. Em entrevista ao Metrópoles, Eduardo acusou Moraes e o procurador-geral Paulo Gonet de atuarem juntos em um “jogo de cartas marcadas” e questionou a legalidade do processo. O parlamentar afirmou não ter sido oficialmente citado e explicou que a denúncia se baseia em atos fora da jurisdição brasileira, ligados à Lei Magnitsky, aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos. Ele negou qualquer tentativa de interferir na condenação do pai e disse que sua atuação sempre visou responsabilizar autoridades por abusos e violações de direitos humanos. “Não esperava nenhuma decisão justa de um tribunal de exceção. Minha energia sempre foi levar consequências aos abusos cometidos por Moraes”. Eduardo também denunciou perseguição política às eleições de 2026. “Moraes quer me tirar do pleito pelo tapetão, e vai fazer o mesmo com qualquer candidato ao Senado que ele veja como opositor. Por que Moraes tem medo de que eu fale? Por que não usa os canais oficiais, como todos os juízes do mundo?”, disparou o deputado, que está licenciado e atualmente vive nos Estados Unidos.
*O RN ultrapassou R$ 101,7 bilhões de PIB em 2023, alcançando o maior crescimento do Nordeste e ficando acima da média nacional de 3,2%. Pela primeira vez, o estado bate a marca de R$ 100 bilhões, mostrando força econômica e capacidade produtiva que se destaca na região. Os números são do Sistema de Contas Regionais 2023, divulgado pelo IBGE em parceria com órgãos estaduais. O avanço veio principalmente da indústria de transformação, que cresceu 23,1%, puxada por alimentos e refino de petróleo, e do setor de eletricidade e gás, com alta de 11,9%, impulsionada pela energia eólica. Apesar do crescimento expressivo, o RN ainda é o quarto menor PIB do Nordeste, atrás de estados como Bahia e Pernambuco. O PIB per capita potiguar chegou a R$ 30,8 mil, o maior do Nordeste e acima da média regional de R$ 27,6 mil, mostrando que cada habitante produz mais do que a maioria dos vizinhos. Esse indicador é usado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para calcular as cotas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Em 2023, o valor adicionado bruto do estado foi de R$ 90,4 bilhões, distribuído entre serviços (72,4%), indústria (23,4%) e agropecuária (4,2%). Os serviços continuam dominando a economia, com destaque para administração pública, comércio e atividades imobiliárias. Entre 2002 e 2023, o PIB acumulou crescimento de 51,4%, mostrando evolução sólida, mas ainda abaixo da média nacional de 58,2%.
*A Polícia Civil queimou mais de 500 kg de drogas, avaliadas em mais de R$ 1 milhão, em Mossoró. O golpe pesado ao tráfico aconteceu no forno da USIBRAS, seguindo todos os protocolos legais e sanitários, com fiscalização da Polícia Científica e da Vigilância Sanitária para garantir transparência total. O material destruído veio de apreensões feitas pelas forças de segurança ao longo do semestre, resultado direto das operações contra o crime organizado na região Oeste do estado. A ação mostra que a polícia segue pressionando quadrilhas e cortando o fluxo de drogas que circula na cidade. A queima faz parte da operação nacional “NARKE 5”, coordenada pelo Ministério da Justiça, que organiza o combate estratégico ao narcotráfico em todo o país. Em Mossoró, a DENARC, delegacia especializada em entorpecentes, foi a responsável por conduzir a incineração. A Polícia Civil reforçou o compromisso com a população e pediu que denúncias sobre tráfico e outros crimes continuem sendo feitas pelo Disque 181. Cada informação enviada ajuda a enfraquecer as facções e proteger a comunidade.
*O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar, nesta sexta-feira (14), a possibilidade de candidaturas avulsas (sem filiação partidária) nas eleições majoritárias (presidente, governador, prefeito e senador). A discussão ocorre no recurso extraordinário RE 1238853, com repercussão geral (Tema 974). O julgamento ocorre no Plenário virtual e pode ser mantido até o próximo dia 25 de novembro. O tema já tinha sido debatido em audiência pública no STF, em dezembro de 2019. O caso foi relatado pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou recentemente. Em maio, a Corte começou a julgar o tema que acabou interrompido pelo ministro Alexandre de Moraes. O Supremo já tem dois votos contra a possibilidade de candidaturas avulsas.
*O jornal O Estado de S. Paulo chamou de “perversão jurídica” o processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro. Em editorial publicado nesta sexta-feira (14), o periódico afirmou que, a pretexto de salvar a República, o Supremo “decidiu que está acima dela”. – O caso de Eduardo Tagliaferro, o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes transformado em réu pelo próprio ministro que ele denunciou, é o retrato mais nítido de uma Corte que se julga infalível, e por isso se permite tudo. É um tribunal que, em vez de corrigir abusos, os institucionaliza. (…) A perversão jurídica é tão evidente quanto constrangedora. Moraes atua, simultaneamente, como vítima, investigador e julgador, e o tribunal age como cúmplice passivo – apontou o jornal. Tagliaferro se tornou réu por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito após denunciar supostas irregularidades no Tribunal Superior Eleitoral (STF), durante a gestão de Moraes à frente da presidência da Corte. O assessor, que atuava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) durante as eleições presidenciais, denunciou haver uma estrutura informal para monitorar críticos e elaborar relatórios moldados para sustentar medidas de censura e derrubada de conteúdos.

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