Netanyahu: “Objetivo não é ocupar Gaza, mas libertá-la do Hamas”
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (foto) reafirmou neste domingo, 10, que Israel não pretende ocupar Gaza, mas sim libertar o território do controle do grupo terrorista Hamas, conforme o plano militar aprovado para a Cidade de Gaza. Em entrevista coletiva para a imprensa estrangeira em Jerusalém, ele disse que a responsabilidade máxima pela segurança permanecerá sob controle israelense.
'Nosso objetivo não é ocupar Gaza. Nosso objetivo é libertar Gaza, libertá-la dos terroristas do Hamas', afirmou.
'Gaza será desmilitarizada. Israel terá a responsabilidade máxima pela segurança. Uma zona de segurança será estabelecida na fronteira de Gaza com Israel para impedir futuras incursões terroristas. Uma administração civil será criada em Gaza que buscará viver em paz com Israel. Esse é nosso plano para o dia depois do Hamas.'
Netanyahu resumiu ainda seus “cinco princípios” para o fim do conflito:
“Um, desarmamento do Hamas. Segundo, libertação de todos os reféns. Terceiro, desmilitarização de Gaza. Quarto, Israel com controle máximo da segurança. E quinto, uma administração civil pacífica não israelense.”
O premiê reafirmou que a Autoridade Palestina não é opção para a administração do território, acusando-a de promover atividades terroristas contra Israel.
Netanyahu justificou a continuação da ofensiva citando a recusa do Hamas em depor as armas.
“Israel não tem escolha a não ser concluir o trabalho e derrotar o Hamas”, disse, acrescentando que o grupo terrorista ainda conta com milhares de combatentes armados na Faixa de Gaza e prometeu repetir os ataques de 7 de outubro.
O premiê afirmou que a ofensiva tem como alvo os dois principais redutos do Hamas, incluindo a Cidade de Gaza, os acampamentos centrais e o moasi, e que espera uma conclusão “relativamente rápida”.
Netanyahu falou ainda da necessidade de um novo sistema educacional em Gaza que evite a radicalização de seus cidadãos contra Israel.
Reação internacional
O plano de Netanyahu gerou fortes reações internacionais.
Cerca de 20 países, entre eles Egito, Arábia Saudita e Turquia, condenaram a medida como “uma flagrante violação do direito internacional” e uma tentativa de “consolidar a ocupação ilegal” da área.
A Alemanha chegou a anunciar a suspensão temporária da aprovação de exportações militares para Israel que possam ser usadas na Faixa de Gaza.
Como mostramos, o plano contraria os alertas das Forças de Defesa de Israel (FDI). Os militares temem que a operação possa colocar as vidas dos reféns restantes em risco.
Por maioria de votos, o Gabinete de Segurança decidiu adotar cinco princípios para a conclusão da guerra em Gaza: o desarmamento do Hamas, o retorno de todos os reféns – os vivos e os mortos, a desmilitarização da Faixa de Gaza, controle de segurança israelense na Faixa de Gaza e o estabelecimento de uma administração civil alternativa que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
Netanyahu afirmou que, durante a operação, haverá distribuição de ajuda humanitária às populações civis fora das zonas de combate.
O Antagonista
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