Detento é encontrado morto na Penitenciária de Alcaçuz
O detento Francinaldo Ivo Tomás Raposo, de 29 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (25) dentro de uma cela do Pavilhão 4 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal.
A informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) nesta segunda-feira (25).
Segundo a Polícia Penal, o óbito foi registrado por volta das 5h40. As circunstâncias da morte serão esclarecidas em inquérito policial conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) também foi acionado.
Francinaldo havia sido condenado em 2022 a 9 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo crime de roubo qualificado pelo uso de arma de fogo. Ele começou a cumprir pena em Alcaçuz em agosto de 2024 e estava na cela desde 13 de fevereiro deste ano. De acordo com a Polícia Penal, não havia registro de conflitos de convivência no local.
A família do preso foi comunicada. Além da investigação da Polícia Civil, a direção da penitenciária abriu uma sindicância interna para apurar o caso.
Massacre de Alcaçuz
A Penitenciária Estadual de Alcaçuz é a maior unidade prisional do estado e foi palco da maior rebelião do sistema penitenciário potiguar, em janeiro de 2017.
A rebelião começou no dia 14 de janeiro daquele ano e envolveu uma disputa de dois grupos criminosos rivais.
Vinte e sete detentos morreram durante a rebelião. Os corpos encontrados estavam em condições de extrema brutalidade. Com capacidade - naquela época - para 620 internos, Alcaçuz tinha 1,2 mil presos no dia da matança.
Antes de acontecer o massacre, os pavilhões 1, 2, 3 e 4 pertenciam à Alcaçuz. Já o pavilhão 5, antes dominado por presos do Primeiro Comando da Capital, fazia parte do Presídio Rogério Coutinho Madruga, que é um anexo de Alcaçuz. Na época, apenas uma cerca de arame farpado separava as duas unidades.
Armados, presos do PCC saíram do pavilhão 5 e invadiram o pavilhão 4, onde estavam parte dos presos do Sindicato do Crime do RN, facção rival que nasceu de membros desgarrados do próprio PCC.
Pelo menos três pavilhões do complexo penitenciário foram destruídos durante a ação.
g1
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