ABC parte para o tudo ou nada no Frasqueirão e investe em reforços
Queimando os últimos cartuchos na luta para, primeiro, afastar a séria probabilidade de rebaixamento e, depois, ainda alimentar o distante sonho de classificação para a segunda fase da Série C, o ABC anunciou as contratações dos atacantes Ronaldy, 28 anos, e Rafael Oller, 30 anos, além do meio-campista Alisson Taddei, também de 28. A expectativa é que os reforços ajudem a evitar que o primeiro ano da gestão Eduardo Machado seja marcado por um novo descenso.
É provável que os novos jogadores já fiquem à disposição do técnico Rodrigo Santana para enfrentar o Guarani, neste sábado (16), no Frasqueirão. O ABC precisa de seis pontos para eliminar o risco de queda para a Série D e de nove para manter vivas as chances — remotas — de vaga no G-8, essa que ainda depende de uma série de combinações de resultados dos adversários diretos. Santana pretende usar todas as suas armas, ciente de que tudo passa pela quebra do tabu e pela conquista da primeira vitória como mandante na competição.
“A gente tinha mapeado 11 atletas para chegar, e agora surgiu a possibilidade de trazer esses três porque suas equipes não avançaram de fase na Série D. Eles serão utilizados, sim, até porque perdemos o Wallyson, mais um jogador de frente. Por isso, priorizamos reforços do meio para frente, já que vínhamos sofrendo com a limitação de gols — tínhamos volume de jogo, mas não conseguíamos concluir. Apesar do pouco tempo de treino que terão, vamos estudar a possibilidade de utilizá-los, até porque a necessidade é grande: além do Wallyson, também temos o Ytalo machucado”, explicou Santana.
Ao entrar em campo neste sábado, às 19h30, contra o time paulista, o ABC completará cinco meses sem vencer em Natal. Nesse período, jogando no Frasqueirão ou na Arena das Dunas, empatou cinco vezes e perdeu duas, desempenho que garante ao clube a pior campanha de sua história — e da atual edição da Série C — como mandante.
É contra esse cenário, que tem afetado a confiança de atletas e comissão técnica, que Santana trabalha para recolocar a equipe no caminho das vitórias.
“Estamos há cinco meses sem vencer em casa. Eu, mais do que muitos, sei o quanto é difícil ganhar do ABC aqui quando a torcida está junto. Já estive do outro lado, enfrentei o ABC no Frasqueirão lotado e senti na pele o quanto essa força das arquibancadas pesa. Essa energia motiva os jogadores a correrem ainda mais”, afirmou, pedindo apoio irrestrito da torcida neste sábado.
O treinador reforçou que jamais teve a intenção de criticar o torcedor alvinegro e que sua fala após a derrota para o Caxias foi um desabafo contra a arbitragem, que interferiu no resultado e complicou a situação do clube para o confronto com o Guarani.
“Reitero: minha fala foi um desabafo contra a arbitragem, já pensando no jogo contra o Guarani, e um pedido de apoio da torcida. Sei que, nesse momento, quem ama o clube estará ao nosso lado, correndo junto e fazendo a equipe se doar ainda mais em campo. Peço também que o torcedor que canta e vibra, se perceber alguém criticando ou xingando durante a partida, segure e deixe para depois. O jogo é decisivo e sabemos da importância dele”, completou.
Consciente de que o ABC sofre atualmente com a chamada “síndrome do desempenho invertido” — quando o time conquista mais pontos fora de casa do que como mandante —, o presidente Eduardo Machado deixou claro que o foco agora é a permanência na Série C e convocou a torcida para unir forças:
“Quero destacar a importância do momento que estamos vivendo no clube e, principalmente, do apoio do nosso torcedor para o jogo de sábado. Será mais uma decisão — talvez a mais importante desta competição e, por que não dizer, de toda a temporada. Quero reforçar que todos nós estamos totalmente focados no nosso objetivo, que, neste momento, passou a ser a permanência na Série C. Temos que trabalhar com os pés no chão, ser realistas e lutar, acima de tudo, por essa permanência.”
TN
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