STF alerta Cláudio Castro sobre crimes caso nomeie Eduardo Bolsonaro como secretário
A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, repercutiu a intenção do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de tentar nomear o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como secretário especial de seu governo. A Corte, no entanto, informou a Castro que uma possível nomeação de Eduardo poderia incorrer em crimes que levariam o político a prisão.
“[Cláudio Castro] foi avisado nas últimas horas, claramente, de que ele poderia ser enquadrado num tipo penal de facilitação de fuga de criminoso ou auxiliar criminoso no cometimento de crimes, ser cúmplice. Pode dar cadeia também”, disse a colunista.
Essa manobra política, segundo informações, tinha como objetivo principal salvar o mandato parlamentar de Eduardo Bolsonaro, já que o congressista encontra-se nos Estados Unidos, seu período de licença se encerrou no fim de semana e há o risco de cassação devido a ausências não justificadas na Câmara dos Deputados.
"Eduardo está sendo investigado pelos crimes de coação de juíz no curso do processo, ou seja, de coagir Alexandre de Moraes, tentativa de obstrução de Justiça, atentado contra soberania do Brasil. Tudo isso enquanto está nos Estados Unidos. Então, se alguém facilita que ele fique nos Estados Unidos mandando dinheiro, como fez o pai Jair Bolsonaro (PL), ou dando um emprego a ele que o permita seguir nessa militância, está colaborando com crime", explicou.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também entrou em cena semanas atrás ao solicitar ao Supremo Tribunal Federal a devolução do passaporte de Jair Bolsonaro, que está atualmente impedido de deixar o país devido ao risco de fuga.
Possível nomeação de Eduardo Bolsonaro para um cargo no governo do Rio, enquanto ele permanece nos Estados Unidos, foi comparada por Luiz Megale como "desvio de finalidade", no conceito do ministro Gilmar Mendes.
No passado, o magistrado impediu que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nomeasse o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro da Casa Civil, o que foi rapidamente barrado pelo ministro Gilmar Mendes.
Além disso, a atitude de Cláudio Castro foi vista como controversa, uma vez que parece colocar os interesses particulares acima dos públicos, criando uma secretaria apenas para acomodar Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.
Band
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