12/06/2025

EM ENTREVISTA COLETIVA PRESIDENTE DO ABC SE POSICIONA SOBRE 'NEGÓCIO' COM TERRENO - VÍDEO

Eduardo Machado se posiciona sobre terreno e critica continuação de clima eleitoral no ABC

Em entrevista coletiva, a diretoria do ABC Futebol Clube, representada pelo presidente Eduardo Machado e pelo vice-presidente jurídico Ennio Marques, buscou esclarecer os detalhes sobre um termo de intenção assinado com uma incorporadora visando a exploração de parte do terreno pertencente ao clube, situado atrás do módulo 3 do estádio Frasqueirão.

O presidente iniciou seu pronunciamento afirmando que a gestão havia perdido uma “guerra de narrativas” devido a uma “falha de comunicação” e que o objetivo do encontro era restabelecer os fatos sobre a negociação.

O vice-presidente jurídico, Ennio Marques, explicou que o documento firmado não é um contrato de venda, mas um “termo de intenção” que garante à empresa o “direito de preferência” em uma eventual futura concorrência. Marques e Machado reforçaram que, por o clube estar em recuperação judicial, qualquer alienação de patrimônio é um processo complexo que depende de múltiplas aprovações, incluindo a do Conselho Deliberativo e, obrigatoriamente, uma autorização da Justiça. Machado desafiou publicamente qualquer pessoa a apresentar um contrato de compra e venda registrado em cartório, afirmando que renunciaria ao mandato caso tal documento existisse.


Durante a coletiva, o presidente Eduardo Machado admitiu que houve falhas por parte da diretoria na gestão da crise. Ele reconheceu uma “sucessão de falhas de comunicação” e uma condução política do processo que não foi a ideal. Segundo ele, a diretoria não entrou “em campo” na “batalha de comunicação”, o que permitiu a propagação de informações que ele considera inverídicas. O presidente afirmou que o episódio serve de lição para que erros semelhantes não voltem a acontecer.

Sobre os recursos financeiros provenientes do acordo, Machado informou que o valor foi depositado na conta do clube e utilizado para cobrir despesas operacionais, como o pagamento de fornecedores e prestadores de serviço, e não para a contratação de jogadores. Ele enfatizou a transparência da operação, destacando que o pagamento dos honorários do escritório que intermediou a negociação também foi feito via conta do clube, com a devida emissão de nota fiscal. Caso o negócio não seja aprovado futuramente, o contrato não prevê uma forma de devolução, sendo necessária uma nova negociação para o reembolso.

Questionado sobre uma mudança em seu posicionamento histórico contra a venda de patrimônio, Eduardo Machado fez uma distinção. Ele reiterou ser contra a venda de ativos para simplesmente gerar caixa para o clube. No entanto, declarou ser favorável a uma transação imobiliária caso os recursos sejam estritamente vinculados à construção de infraestrutura, como um centro de formação para as categorias de base e um centro de treinamento moderno para a equipe profissional.

Por fim, o presidente atribuiu a intensidade da repercussão ao que ele classifica como um clube “politicamente doente”. Ele citou a propagação de rumores, como o de que receberia um salário de R$ 50 mil, como exemplo dos ataques que a gestão vem sofrendo. Para Machado, o clima de instabilidade é um reflexo de um “duro processo eleitoral” que ainda não foi superado por alguns setores do clube.

TN

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