PMDB avalia liberar voto contra a presidente Dilma no Congresso
Com aval do vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (RR) e parte da ala oposicionista do PMDB na Câmara costuram um documento que defende a liberação dos membros do partido na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff e de todas as matérias que a legenda decida por não fechar questão inclusive as da pauta econômica.
O documento será apresentado na convenção nacional do partido, neste
sábado, 12, e aparece como uma alternativa mais branda à proposta de
desembarque imediato do governo, defendida pela ala mais radical da
legenda e que vem crescendo conforme a data da convenção se aproxima.
Deputados da ala oposicionista estiveram na tarde desta quarta-feira,
9, com Temer, presidente nacional do PMDB. Disseram, contudo, que não
chegaram a abordar o assunto. A previsão era de que se reunissem com um
emissário do vice-presidente da República ainda na noite de ontem para
fechar a redação do texto, a cargo do deputado Osmar Terra (RS). Romero
Jucá também esteve ontem no Palácio do Jaburu, residência oficial de
Temer.
Um dia antes, seis peemedebistas antigoverno estiveram com Renan. De
acordo com um deles, o presidente do Senado se disse preocupado com a
situação atual do País, mas defendeu que este não é o momento de
rompimento.
“Radicalizamos, mas temos consciência de que é difícil chegar (à
aprovação do desembarque). Vamos trabalhar por uma nota de
independência. Entendo isso como um passo para o desembarque”, disse
Darcísio Perondi (RS), um dos articuladores do documento.
A saída alternativa não é consenso. Parte da sigla ainda defende o
rompimento imediato com o governo federal, com a entrega de cargos e
ministérios. “Não existe meio grávida ou meio virgem. Ou se está no
governo ou não. Não se consegue construir uma candidatura ocupando
cargo. É hora de o PMDB tomar posição. Não somos sócios da crise e o PT
quer que a gente assuma este papel” afirmou Lúcio Vieira Lima (BA). No
Senado, Valdir Raupp (RO), também defende a entrega de todos os cargos.
Estadão
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