Ex-deputado que negocia delação cita Jaques Wagner e Aécio Neves
Em negociação com a força-tarefa da Operação Lava Jato e
com a Procuradoria-Geral da República para firmar um acordo de delação
premiada, o ex-presidente do PP (Partido Progressista) Pedro Corrêa
adiantou ter informações capazes de comprometer aproximadamente cem
políticos, entre eles dois ministros do atual governo: Jaques Wagner, da
Casa Civil, e Aldo Rebelo, da Defesa.
A relação apresentada por Corrêa durante as tratativas inclui ainda o
nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas últimas
eleições presidenciais.
Preso em Curitiba, Corrêa foi
condenado a 20 anos de prisão sob acusação de corrupção e lavagem de
dinheiro no esquema da Petrobras. A sentença aponta recebimento de R$
11,7 milhões em propina. O ex-deputado federal por Pernambuco já havia
sido condenado a sete anos de prisão no processo do mensalão.
A menção a Jaques Wagner, homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, se soma a outras feitas ao petista na semana passada.
Nas tratativas de sua delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse
que o ministro recebeu recursos desviados da Petrobras para sua
campanha ao governo da Bahia, em 2006. Wagner apareceu ainda em diálogos
com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, um dos alvos da investigação, prometendo interceder pela liberação de recursos para a empreiteira.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, mensagens entre Pinheiro e
um funcionário da OAS indicam que o ministro intermediou também negócios
entre a empreiteira e fundos de pensão.
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