ARTIGO Por Ricardo Sobral – Advogado (ricms@uol.com.br)
Empestou,
dizem uns; virou epidemia, afirmam outros. Há até quem ponha a “culpa”
nos hormônios contidos na ração do frango, proteína abundantemente
consumida pela população pelo atrativo da precificação mais favorável.
O
fenômeno, contudo, como é de domínio público, não é novo e não tem a
dimensão que os alarmistas pretendem emprestar. A diferença é que, se
antes era reprimido, hoje dele se faz apologia; é ostensivo, assumido,
razão pela qual se escuta com frequência as assertivas reativas que
iniciam este artigo.
Basta alguém do ramo que detenha alguma
forma de poder ficar em evidência, que a exibição pública fica mais
aflorada, visível e festejada.
Em face de tais manifestações
exclamativas, é de bom alvedrio registrar que toda generalização é
injusta; que todo preconceito é condenável, e que é violência tudo
aquilo que atenta contra a dignidade humana. Não se pode enfrentar um
tema tão complexo com arrazoados de botequim, demanda conhecimentos das
ciências que tentam desvendar o comportamento humano.
Um fato,
contudo, é incontroverso: quando a explosão é plasmada exclusivamente no
alto-relevo elas tendem buscar semelhanças, motivadas por conhecimentos
adquiridos em causa própria, o que faz prescindir do contraponto, do
“predador natural’.
Ademais, a curiosidade, que é tão própria da
espécie em comento, sopra as brasas da fogueira onde toda fantasia é
consumida e consectariamente castigada.
Não Há motivos para
alarmes e histerias sociais, senão por parte daqueles interessados em
granjear popularidade eleitoreira. O mundo ainda não foi totalmente
raimundado, não é um grande arco Iris nem foi posto pelo avesso. Somos humanos
e, como tal, tudo que é humano nos deve interessar. De modo que devemos
acolher em nossas humanidades as manifestações humanas com respeito e
compreensão, mesmo àquelas que não aceitamos.
Cada um tem o seu livre
arbítrio.
Um comentário:
Muito bom, Dr. Ricardo.
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