GSI ataca apreensão de celular de Bolsonaro: “Consequências imprevisíveis”
Mais cedo, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares que pedem desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF).
Entre as medidas apresentadas, está a apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de um dos filhos dele, o vereador Carlos Bolsonaro. É solicitado ainda o depoimento do chefe do Executivo sobre o caso.
É praxe que ministros da Suprema Corte enviem casos desse tipo para que a PGR se manifeste, já que o órgão chefiado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, é responsável por propor uma eventual investigação do presidente da República perante o STF.
Na nota, o ministro da pasta, general Augusto Heleno diz que uma decisão favorável à apreensão “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.
Leia a íntegra da nota
Nota à Nação Brasileira
Brasília, DF, 22 de maio de 2020
O pedido de apreensão do celular do Presidente da República é inconcebível e, até certo ponto, inacreditável.
Caso de efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do Presidente da República e na segurança institucional do País.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas que qual atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional.
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