Número de assassinatos durante motim da PM no Ceará chega a 88; batalhões seguem ocupados
Com mais 37 mortes em um intervalo de 24 horas, sobe para 88 o número de assassinatos durante o motim da Polícia Militar do Ceará, informou o governo do estado. Os dados são referentes ao período entre a meia noite de quarta-feira (19) e 23h59 deste sábado (22), mas a paralisação teve início na noite de terça (18). Esse é o período mais violento registrado em meio à crise na segurança no Ceará. Neste quinto dia de motim, pelo menos quatro batalhões na Grande Fortaleza e no interior seguem fechados e com pessoas amotinadas.
Desde terça, homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram quarteis e depredaram e esvaziaram pneus de veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana.
Segundo um levantamento do G1 com delegacias e policiais que atenderam às ocorrências, 15 das 37 mortes registradas em 24 horas ocorreram em Fortaleza e na região metropolitana, que estão sendo patrulhadas por tropas do Exército. Agentes da Força Nacional também já estão no estado para conter a crise após o motim de parte dos policiais militares.
167 policiais afastados
O governo do Ceará afastou, neste sábado, 167 policiais militares que participam da paralisação. O afastamento dos envolvidos no motim deve durar 120 dias e os agentes já serão retirados da folha de pagamento do governo a partir deste mês.
Batalhões fechados
Batalhões da Polícia Militar seguem ocupados por PMs amotinados e inoperantes na manhã deste sábado (22), em várias regiões do estado.
Salários
Os PMs têm feitos os motins para pressionar por aumento salarial. A proposta do governo é aumentar o salário de um soldado da PM dos atuais R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em aumentos progressivos até 2022.
O grupo de policiais que realiza as manifestações reivindica que o aumento para R$ 4,5 mil seja implementado já neste ano.
Com informações do G1
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