29/08/2019

EUA: SE MADURO RENUNCIAR RECEBERÁ ANISTIA

EUA oferecem anistia a Maduro se ele deixar o poder

EUA sugerem anistia a Maduro se ele deixar o poder, mas líder venezuelano afirma, por canais indiretos, que Um alto diplomata americano disse que os Estados Unidos não vão processar ou buscar outra forma de punir o presidente Nicolás Maduro se ele voluntariamente deixar o poder.

Elliott Abrams, enviado especial do governo de Donald Trump para aVenezuela , diz não ver indício de que Maduro deseje renunciar. Mas sua oferta de anistia foi uma mensagem a Maduro depois que os dois líderes falaram sobre conversas envolvendo integrantes do alto escalão dos dois países, algo que Abrams disse que não aconteceu.

— Não é perseguição — disse Abrams sobre Maduro em entrevista ao New York Times. — Não estamos atrás dele. Queremos que ele tenha uma saída digna e se vá. Não queremos processá-lo, queremos que deixe o poder.

O Departamento do Tesouro, no ano passado, acusou Maduro de lucrar com o tráfico de drogas na Venezuela, mas não quis apresentar uma denúncia. O apelo mais suave, talvez pragmático, contrasta com os oito meses de sanções, isolamento internacional e ameaças do governo Trump de uma intervenção militar contra Maduro e seus apoiadores, acusados de manipular as eleições do ano passado, em que o presidente venezuelano foi reeleito para um segundo mandato.

Líderes de oposição na Venezuela não ofereceram imunidade a Maduro, a quem acusam de comandar um governo corrupto que deixou muitos venezuelanos sem comida, eletricidade ou remédios.

Na entrevista, Abrams tentou esclarecer a confusão em torno dos esforços do governo americano para tentar afastar Maduro da Presidência.

Na semana passada, quando questionado sobre as notícias de negociações secretas entre Washington e Caracas, Trump disse que a Casa Branca estava em contato com o governo da Venezuela "nos mais altos escalões". Horas depois, Maduro confirmou ter autorizado diretamente os encontros com enviados dos EUA.

Ao New York Times, Abrams disse que não era verdade.

— A ideia de que estejamos negociando está totalmente errada — disse.— A noção de que há um padrão de comunicações está errada. Há mensagens intermitentes e as pessoas vão achar a mensagem que vem de Washington totalmente previsível: a Venezuela precisa voltar ao regime democrático, Maduro precisa deixar o poder, ele não pode concorrer em uma eleição, as sanções continuam até ele sair do poder.

O Globo

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