25/11/2018

MST PROMETE INVASÕES EM MASSA

MST planeja ocupações em massa para se contrapor a governo Bolsonaro


Michael Melo/MetrópolesDiante da perspectiva de recrudescimento da violência no campo e de uma repressão bem mais pesada por parte do governo de Jair Bolsonaro, movimentos sociais de luta pela reforma agrária traçaram, como estratégia de enfrentamento, o que chamam de “ações em massa”. A ideia é promover ocupações de terras públicas com um volume expressivo de pessoas.

“Não faremos mais ocupações com 20 ou 30 famílias. Teremos uma resistência ativa com 500 a 600 famílias, no mínimo”, prometeu o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição.


A decisão foi tomada após reuniões com outros movimentos camponeses, reunidos na Via Campesina, e após diálogos ocorridos na última semana com o Comitê Lula Livre e com a Consulta Popular. Estes e outros movimentos compõem a articulação Frente Brasil Popular, que atuará em oposição firme contra o governo de Jair Bolsonaro.


“À bala”
A campanha eleitoral deu o tom do tratamento previsto do governo Bolsonaro para os sem terra. No primeiro turno, o então candidato do PSL, ao defender sua bandeira em favor das armas, orientou em comícios que “sem-terra que ocupar fazendas deve ser recebido a bala”.

Agora, presidente eleito, Bolsonaro anunciou como futura ministra da Agricultura a deputada ruralista Teresa Cristina, que recebeu o cargo prometendo atender aos pedidos de trazer o Incra, hoje vinculado à Presidência, para a sua pasta. Da mesma forma, o Ministério da Agricultura abarcaria a Secretaria da Pesca e Aquicultura e de agricultura familiar.

Com informações do Metrópole

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