27/11/2018

LIBERTADORES: "O MÉDICO DA CONMEBOL DISSE QUE EU PODERIA JOGAR SEM ME VER"

Pablo Pérez: ‘Não vou jogar em um estádio onde posso morrer’, diz capitão do Boca

Principal vítima do violento ataque ao ônibus do Boca Juniors no último sábado, o volante Pablo Pérez relatou o medo vivido nos minutos em que foi um dos alvos dos objetos atirados pelos torcedores do River Plate. Nesta segunda-feira, em sua primeira aparição após o caso, o jogador de 33 anos cravou: “Não desejo isso para ninguém”.

“Eles se dedicaram a atirar pedras, garrafas. Todas as pessoas estavam juntas em um só lugar. Foram minutos que não desejo para ninguém. Eram estilhaços de vidro constantemente. Não foi muito longe do estádio, foi bastante próximo”, relatou em entrevista a repórteres argentinos.

Pérez sofreu lesões no olho e no braço e precisou ser encaminhado ao hospital imediatamente após o ataque. Naquele momento, a ordem era de que a decisão da Libertadores fosse realizada quando o jogador retornasse, mas ele deixou claro nesta segunda que não queria jogar.

“Não posso ir a um campo onde não me trazem segurança. O que iria acontecer se jogássemos e ganhássemos? Quem iria me tirar dali? Se as pessoas já estavam loucas antes de começar o jogo, imagina se damos a volta olímpica no estádio deles. Me matam! Não vou jogar em um estádio onde posso morrer”, disparou.

“A Conmebol foi uma vergonha. Estava no hospital e me diziam que teria de jogar, com o olho machucado, inchado. Ia entrar em campo, mas não sei se poderia jogar” afirmou. “O médico da Conmebol nem veio me ver. Entrou em algum momento e anotou que eu estava em condições sem nem me examinar. Não veio médico, nunca foram solidários conosco.”

Com informações do Estadão

Nenhum comentário: