Governo deve cortar mais R$ 2 bi no orçamento da Educação este ano
O governo vai fazer corte adicional de até 2 bilhões de reais no
orçamento do Ministério da Educação deste ano que, se concretizado
integralmente, amplia para mais de 11 bilhões de reais o bloqueio sobre
os programas educacionais, informaram à agência de notícias Reuters
nesta quinta-feira duas fontes do governo com conhecimento sobre o
assunto.
Com isso, a área de Educação poderá responder sozinha por quase um
quarto do corte adicional de 8,6 bilhões de reais nas despesas de 2015
anunciado na semana passada e que faz parte do novo ajuste fiscal. “O
Ministério da Educação será uma das pastas mais atingidas pelo novo
corte”, disse uma fonte do governo. Uma segunda fonte do governo disse
que a tesoura será maior no MEC porque possui um dos maiores orçamentos
em comparação aos demais ministérios.
Procurado, o Ministério da Educação não tinha alguém imediatamente
disponível para comentar o assunto. Já o Ministério do Planejamento, por
meio de sua assessoria de imprensa, informou que somente se manifestará
após a publicação do decreto de Programação Orçamentária e Financeira,
que deve ocorrer ainda nesta quinta-feira por meio de edição extra do
Diário Oficial da União.
Com o slogan “Brasil Pátria Educadora”, o governo da presidente Dilma
Roussef já havia feito um corte de quase 9,5 bilhões de reais na
Educação neste ano, como parte do contingenciamento de 70 bilhões de
reais em maio e que já havia imposto à pasta a desaceleração em vários
programas educacionais.
As ações de empresas de educação caíram nesta quinta, na Bolsa de
Valores. Às 15 horas, Kroton Educacional caía mais de 4% por cento e
Estácio Participações desabava mais de 5%. O Ibovespa tinha perdxas de
0,68%. Fora do principal índice da bolsa, Ser Educacional perdia quase
5% e Anima Educação abandonou os ganhos e declinava cerca de 2,5%.
Com a economia cada vez pior, com previsões de analistas de recessão
para este e o próximo ano e que afetam diretamente a arrecadação, a
equipe econômica teve de reduzir as metas fiscais para este e os
próximos anos na semana passada, quando também divulgou corte adicional
total de 8,6 bilhões de reais, mas sem especificar quais áreas e de que
maneira seriam atingidas.
Veja
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