Disputa por 1,1 mil cargos agita governo federal
Está aberta a disputa por nada menos que 1,1 mil vagas em
conselhos de 140 estatais e empresas de economia mista controladas pela
União. Feito sem transparência, o preenchimento desses cargos tornou-se
um balcão de negócios para privilegiados da Esplanada dos Ministérios e
integrantes da base política do governo.
Ocupar um desses postos
funciona como um complemento da renda para ministros, secretários e
altos funcionários públicos, mas também pode ser um prêmio de consolação
para parlamentares e candidatos a cargos majoritários que não
conseguiram se eleger.
Se forem consideradas as vagas nos conselhos de fundos de pensão ou
de empresas privadas nas quais a União tem participação acionária, esse
número pode mais do que dobrar. Especialistas criticam a farra dos
conselhos uma vez que o critério para a escolha dos integrantes nem
sempre é a capacidade profissional na área de atuação da companhia e,
frequentemente, ignora-se o princípio básico de uma estatal, que é
defender o interesse público.
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