18/04/2022

OS EXTREMOS IDEOLÓGICOS E O 'CENTRO' - POR NEY LOPES

Os extremos ideológicos.....

Ney Lopes
Os extremos da direita e esquerda, interpretam como sinônimo de mediocridade, não ter opinião e apelidam de “centrão”, o que, além de estar em cima do muro, significaria práticas de corrupção. Acusam até de comunismo e nazismo.

Em artigo passado nesta TN, analisei a conjuntura sócio-política do Chile e opinei que as revoltas populares lá ocorridas tiveram como origem o país ter descuidado da prioridade social e concentrar-se na obsessão de adotar medidas extremas para o controle inflacionário, através de privatizações em massa (inclusive na saúde, educação e previdência social) , sem critérios, abertura ao mercado externo e ações correlatas.

A afirmação feita jamais significou, que o governo deveria adotar políticas do “estado gastador”, descuidar do controle da inflação e avalizar a chamada esquerda bolivariana da América Latina, cujo fracasso é notório. O equilíbrio fiscal é absolutamente necessário.
Numa antevéspera de eleições gerais, a indagação é quem seriam os responsáveis pela crise política, econômica e social do Brasil?

A lúcida e competente entrevista dada pelo cientista político Antônio Lavareda alerta sobre a responsabilidade dos verdadeiros democratas fazerem um “mea culpa” e tentarem salvar as liberdades política, econômica, religiosas etc.

Tudo isso porque, com a pandemia, as sucessivas crises, a necessidade de preservação do meio ambiente e a guerra da Ucrânia, a democracia terá que se adaptar ao novo mundo que surge.

Na sua entrevista, o cientista político Antônio Lavareda deixou claro que a eleição de 2022 será diferente das demais.

Antecipou a mudança de posição do eleitor, que desejará candidatos com experiência comprovada e “ficha limpa”.

O voto será dado em função de avaliações, inclusive de cargos eventualmente ocupados anteriormente pelos candidatos e os resultados positivos obtidos.

Sem dúvida, um bom prognóstico.

As dificuldades na reconstrução da democracia são os extremos ideológicos, que geram fanatismos e incompreensões.

Torna-se muito difícil ter posição doutrinária de equilíbrio e de centro.

Os extremos da direita e esquerda, interpretam como sinônimo de mediocridade, não ter opinião e apelidam de “centrão”, o que, além de estar em cima do muro, significaria práticas de corrupção. Acusam até de comunismo e nazismo.

Em artigo passado nesta TN, analisei a conjuntura sócio-política do Chile e opinei que as revoltas populares lá ocorridas tiveram como origem o país ter descuidado da prioridade social e concentrar-se na obsessão de adotar medidas extremas para o controle inflacionário, através de privatizações em massa (inclusive na saúde, educação e previdência social) , sem critérios, abertura ao mercado externo e ações correlatas.

A afirmação feita jamais significou, que o governo deveria adotar políticas do “estado gastador”, descuidar do controle da inflação e avalizar a chamada esquerda bolivariana da América Latina, cujo fracasso é notório. O equilíbrio fiscal é absolutamente necessário.

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