Professores da rede municipal prometem acampar em frente à Câmara de Vereadores
Os professores de Natal decidiram, na última quarta-feira (20), manter a greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam o reajuste do piso salarial em 33,24%, determinado por lei, e também são contra o projeto de lei (PL) que pode acabar com a carreira da categoria. A paralisação já dura quase um mês e vai contra decisão judicial. Sem negociação sendo discutida no momento, os professores definiram uma agenda de atividades de greve para a próxima semana, como um acampamento em frente à Câmara de Vereadores de Natal.
No começo do mês, a Prefeitura entrou na Justiça por meio da Procuradoria-Geral do Município (PGM) para obrigar a categoria a volta às salas de aula. No dia 8, uma decisão judicial acatou o pedido e determinou a retomada das aulas, o desconto dos salários dos professores que participaram da greve e uma multa diária de R$ 10 mil ao sindicato e seus dirigentes para cada dia de descumprimento. A justificativa do desembargador Virgílio Macedo era de que a greve se configurava como ilegal.
Apesar da decisão, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte) decidiu manter a paralisação, que conta com 60% de adesão dos professores. A advogada Sylvia Dutra, assessora jurídica da entidade, ficou de entrar com um recurso para tentar provar a legitimidade da greve, mas segundo o Sinte, ainda não houve diálogo entre ela e o desembargador. A expectativa, ainda de acordo com o sindicato, é que a conversa aconteça na semana que vem.
Uma programação foi definida pelo Sinte em assembleia, contando com atividades como acampamento em frente à Câmara Municipal e atos em frente à Secretaria Municipal de Educação (SME) e em uma avenida da Zona Norte de Natal. A agenda está prevista para ocorrer ao longo da próxima semana.
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