25/03/2020

NATAL: SETURN DIZ QUE ÔNIBUS PODEM PARAR SE PREFEITURA NÃO OFERECER SUBSÍDIO

Seturn diz que transporte de ônibus de Natal pode parar se prefeitura não oferecer subsídio

Ônibus operam em Natal com avisos sobre cuidado com aglomerações e não circulam com passageiros em pé — Foto: Pedro VitorinoAs empresas que realizam o transporte público de ônibus de Natal querem subsídio da prefeitura para continuarem as operações. O motivo é a redução da circulação dos passageiros, por causa do isolamento social praticado para evitar o contágio pelo coronavírus. Os empresários afirmam que podem parar as atividades no final do mês.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) alega que não tem como arcar com as despesas se a prefeitura não entrar com o subsídio. De acordo com Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn, as empresas vão suspender as atividades no final do mês porque não terão como pagar aos fornecedores e também arcar com os salários de funcionários.

Queiroga diz que a redução é de 79% no fluxo de passageiros entre o dia 10 de março e esta terça-feira (24). “Se fossemos cobrar isso na passagem, a tarifa iria a R$ 15, o que é inviável”, alega.

‘A baixa demanda da comunidade natalense em utilizar os ônibus interfere diretamente na tarifa. Pode chegar a faltar pagamento para os operadores e, com isso, eles consequentemente virão a parar suas atividades. A sugestão imposta é que a Prefeitura realize o subsídio desses salários dos motoristas, cobradores e demais trabalhadores envolvidos. A Câmara Municipal pode, inclusive, protocolar em estado de emergência essa solicitação’’, sugere Nilson Queiroga.

O consultor afirma que as empresas podem ir à falência diante da situação.

Redução de frota

A Prefeitura de Natal acertou em 30% mais 46 ônibus a quantidade de veículo operando na cidade, por causa da pandemia do novo coronavírus. No início da semana, o sistema de transporte rodou com 30% da frota e foram registradas lotações. O número foi reajustado para que não aja aglomerações dentro dos coletivos, o que facilita a transmissão do Covid-19.

G1

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