117 fuzis incompletos achados na casa de amigo de Ronnie Lessa eram falsificados, mas funcionam, diz delegado
Todos os 117 fuzis M-16 incompletos achados na casa de Alexandre Mota de Souza Souza, amigo de Ronnie Lessa, são falsificados, de acordo com o delegado Marcus Amim, da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme). Segundo investigadores, várias peças tinham sinalizações dos fabricantes HK e Colt, mas as marcas foram forjadas.
Apesar da falsificação, se montadas, as armas teriam o mesmo potencial destrutivo de um fuzil original. "Atira, mata e é uma replica muito bem feita", explicou o delegado.
Na terça-feira (12), o policial militar Ronnie foi preso apontado pela polícia e pelo Ministério Público como o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018 – o crime completa um ano na quinta-feira (14). A defesa de Lessa nega os crimes.
“As que estão com a inscrição da Colt são tão perfeitas que, num primeiro momento, achamos que seriam originais, mas também são falsas. Todas as réplicas muito bem feitas, acabamento excelente e matéria prima excelente também”, explicou Amim.
A polícia avaliou o valor total dos fuzis encontrados em R$ 3,5 milhões. Se estivessem completos, custariam cerca de R$ 4 milhões.
O delegado reforçou que o desenho industrial da plataforma M-16 está liberado para fabricação. Mas, nas armas apreendidas, há marcas HK e da Colt que foram gravadas indevidamente (sem autorização) das fabricantes nos equipamentos apreendidos.
As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas em um guarda-roupas – só faltavam os canos. A polícia investiga se Lessa trafica armas e escondia lá o material.
Nesta quarta, em uma nova operação, foi apreendida uma mesa com torno usada para montar fuzis. O material foi achado em um dos alvos da busca e apreensão.
Com informações do G1
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