30/01/2018

"CABRAL CAMPEÃO" É ALVO DA 21ª DENÚNCIA

Ministério Público Federal denuncia Sérgio Cabral pela 21ª vez

O ex-governador Sérgio Cabral foi alvo de mais uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal). Este é 21º processo contra Cabral, fruto de um desdobramento das operações Calicute, Eficiência e Mascate. O foco das investigações é a lavagem de dinheiro praticada, segundo o MPF, pelo ex-governador e outras seis pessoas.
Para o Ministério Público, a esquema ilícito liderado por Cabral organizava-se em quatro núcleos: o núcleo econômico era formado por executivos de empreiteiras contratadas; o grupo administrativo, formado por gestores públicos, era responsável por solicitar e administrar as vantagens recebidas; Já o setor operacional recebia, repassava e ocultava os recursos; E, por fim, o núcleo político, formado pelo líder da organização, Sérgio Cabral.
Além de Cabral, foram denunciados também Ary Filho, apontado como um dos operadores financeiros do esquema e homem de confiança do ex-governador; Sérgio Castro de Oliveira, também operador financeiro do esquema, responsável por distribuir os recursos; Glandys Silva; Sônia Bastista; Jaime Luis Martins e João do Carmo Monteiro.
A nova denúncia apura mais de 200 atos de lavagem de dinheiro praticados pelos acusados. Todos são investigados pelos crimes de corrupção, fraude a licitações, cartel e lavagem de capitais envolvendo contratos para realização de obras públicas financiadas ou custeadas com recursos federais pelo Governo do Estado do Rio.
De acordo com as investigações, a lavagem de dinheiro era facilitada por meio de uma rede de “empresas amigas”, que celebravam contratos fictícios com os membros da organização, prática que já foi alvo de denúncias decorrentes das operações Calicute, Eficiência e Mascate.

Segunda denúncia do ano
No dia 4 de janeiro, o ex-governador foi denunciado pelo MPF por corrupção passiva. A denúncia investiga supostos crimes de corrupção em pagamentos de propina da Construtora Oriente.
Cabral, que é réu em 21 processos, já foi condenado em quatro deles, somando uma pena superior a 87 anos de prisão. Atualmente, o ex-governador está preso no Paraná, após investigações do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio) de facilitações nos presídios de Benfica e Bangu, no Rio.

R7

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