As terras do Engenho União estão localizadas entre os Engenhos Igarapé e o Jaçanã. Seu fundador foi o Dr. José de Araújo Villar e após sua morte, passou a ser administrado por sua viúva, Josefa Ribeiro de Araújo Villar, que cuidou do engenho e de sua produção com dedicação e afinco até o ano de 1919, quando o vendeu ao Coronel Felismino do Rego Dantas Noronha que o administrou até sua morte e, após o seu desaparecimento, passou a ser cuidado pelos seus herdeiros.
Era um grande engenho movido a vapor, e possuía um alambique para a fabricação de aguardente, mas fabricando também o açúcar mascavo considerado um dos melhores da região.
O referido engenho poderia ser considerado um dos mais modernos do vale do Ceará-Mirim, haja vista o poder econômico e de mando do seu proprietário que o fez erguer-se em uma magnífica estrutura arquitetônica, estruturando também a casa-grande, cujo pátio frontal plantou-se duas altaneiras palmeiras imperiais, avistadas a longa distância, dando a impressão de guardiães daquele belo lugar. Todo esse feitio, harmonicamente planejado para o trabalho duro e pesado, interagia com a opulência, o mercado, a compra e venda do produto, assim como a beleza do vale.
Vale salientar que o coronel Felismino Dantas, proprietário do engenho União, tornou-se um dos mais destacados patriarcas e líder político do Ceará-Mirim, tendo sido um dos fundadores do Partido Republicano (PR) no Rio Grande do Norte; foi também intendente, cargo hoje equivalente ao de prefeito por 21 anos consecutivos, ou seja, 7 legislaturas, até ser derrotado pelo dr. Manoel de Gouveia Varela.
O escritor Júlio Senna em seu livro Ceará-Mirim Exemplo Nacional, volume II, página 164, diz que entre os anos de 1935 e 1936, o engenho União, estava registrado no Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA, sob a inscrição de número 1341 e sua produção de açúcar mascavo contabilizava 1940 sacos. Foto: Barão
ACLA: Academia Cearamirinense de Letras e Artes
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