Enfraquecido politicamente por causa doajuste fiscal anunciado na última sexta feira,
o PT estuda propor novos impostos aos mais ricos, uma alternativa aos
cortes orçamentários e à restrição de direitos trabalhistas adotados no
início do segundo mandato deDilma Rousseff. Além de impor agenda positiva,segundo o jornal O Estado de São Paulo desta segunda feira (25) , a partir de junho.
O PT sugere criar dois novos tributos e aumentar a alíquota de uma
terceira taxa. O primeiro é direcionado a lucros e dividendos hoje
isentos, que em 2014 somaram R$ 300 bilhões, segundo estudo do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco) mencionado pelo partido. O
segundo é uma marca histórica do PT, a tributação de grandes fortunas,
que poderia incrementar as receitas do governo em R$ 100 bilhões ao ano
com a taxação a partir de 1% sobre valores acima de R$ 1 milhão. O
terceiro e último é o imposto sobre heranças, estadual, hoje em 4%, que o
partido gostaria de aumentar para 15% e, com isso, arrecadar outros R$
20 bilhões por ano.
Outra medida proposta pelo partido é o reforço de mecanismos contra a
sonegação, que nas contas do Sindifisco chegaram a R$ 500 bilhões em
2014. Essas sugestões, apoiadas pela cúpula, serão encaminhadas no 5º
Congresso Nacional do PT, marcado para 11 de junho em Salvador. A área
técnica do Ministério da Fazenda é contrária aos novos impostos sobre os
ricos, pois os considera pouco relevantes, mas petistas querem
implementá-los mesmo assim como uma sinalização política de que os mais
ricos também terão de contribuir para o ajuste fiscal.
Quanto à "agenda positiva", que o partido confia ter potencial para reduzir os danos à imagem do governo deDilma Rousseff,
vêm a partir de junho o anúncio do Plano Safra, grande programa
nacional de investimentos em infraestrutura, e a terceira fase do Minha
Casa Minha Vida. Novos planos de exportações e concessões também são
aguardados pela cúpula petista.
Época
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