Surgem provas irrefutáveis de que o dinheiro roubado da Petrobras virava "doação oficial" ao PT, via tesoureiro.
O delator Augusto Mendonça, do grupo Setal, entregou à Justiça
Federal os recibos de doações partidárias e eleitorais feitas por suas
empresas para o PT entre 2008 e 2012 como forma de ocultar dinheiro de
propina desviado da Petrobrás.
O tesoureiro petista, João Vaccari Neto, e o ex-diretor de Serviços
da estatal Renato Duque – preso pela segunda vez há uma semana, na
décima fase da Operação Lava Jato – teriam sido as peças centrais da
lavagem de dinheiro, que transformava recursos ilegais em legais dentro
do sistema oficial de repasses para partidos e campanhas.
Os documentos foram anexados à denúncia criminal aceita nesta segunda-feira, 23,
pelo juiz federal Sérgio Moro – que conduz os processos da Lava Jato -,
contra Duque, Vaccari, o lobista Adir Assad, e outras 24 pessoas.
No material estão quatro recibos emitidos pelo PT de doações para o
Diretório Nacional do partido de R$ 500 mil, em 2010. O valor repassado
em 7 de abril, quando era dada a largada para a campanha da presidente
Dilma Rousseff, foi o mais alto doado dentro de uma lista de 24 repasses
partidários e de campanha listados pelo delator. São quatro recibos,
com números sequenciais, datados de 7 de abril de 2010. Três com valores
de R$ 150 mil e um de R$ 50 mil.
Estadão
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