Bancada evangélica não quer PT na presidência da Comissão de DH
Apesar do esforço do PT em escolher a Comissão de Direitos Humanos
para evitar a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a bancada
evangélica preparou uma manobra e conseguiu adiar para a próxima semana a
eleição para presidência do colegiado. Os evangélicos lançaram a
candidatura avulsa de Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), pastor da Igreja
Assembleia de Deus, para disputar contra o deputado Paulo Pimenta
(PT-RS). No entanto, o presidente da comissão, Assis do Couto (PT-PR),
negou a candidatura avulsa. Os evangélicos se revoltaram e o clima ficou
tenso na comissão.
— Isso é ditadura, estão ferindo um direito. Estão com medo do voto? — criticou o deputado Pastor Everaldo (PSB- PE).
A sessão para a eleição do novo presidente da comissão chegou a ser
suspensa por 30 minutos para tentar um acordo. Diante do impasse, Assis
do Couto adiou a eleição para a próxima semana e tentará um entendimento
com os parlamentares. Segundo Pimenta, poderia haver obstrução por
parte de integrantes da comissão por conta das trocas feitas pelos
partidos na manhã de hoje. A bancada agiu e entre outros conseguiu tirar
da comissão o deputado Jean Willys (PSOL-RJ), que estava na vaga cedida
pelo PTB.
Sóstenes afirmou que não irá retirar a candidatura por ser um direito
dele e por não ter sido comunicado sobre o acordo feito na reunião de
líderes para garantir que o PT ficasse com a comissão:
— Eu tenho direito a me candidatar como avulso. O PT sempre manipulou
essa comissão com ideologias ateístas e comunistas, prejudicando os
direitos humanos, inclusive dos policiais. Aqui eles só defendem os
bandidos — disse Sóstenes.
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