Confira os nomes que podem estar na lista de investigados da Operação Lava Jato
Com base em informações de bastidores e no conteúdo das
delações premiadas de envolvidos no esquema de desvios na Petrobras, há a
expectativa de que a lista de 54 políticos que se tornarão alvos nos 28
inquéritos que serão abertos no Supremo Tribunal Federal dentro da
Operação Lava Jato inclua dezenas de senadores e deputados federais,
cujo grupo é encabeçado pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No Senado, além de Renan, os outros prováveis nomes são o
ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Humberto Costa (PT-PE),
Edison Lobão (PMDB-MA, ex-ministro das Minas e Energia), Gleisi
Hoffmann (PT-PR), Ciro Nogueira (PP-PI ),Valdir Raupp (PMDB-RO), Romero
Jucá (PMDB-RR), Benedito Lira (PP-AL), Delcídio Amaral (PT-MS) e
Lindberg Farias (PT-RJ).
As delações mencionaram ainda senadores de oposição como
Alvaro Dias (PSDB-PR). Houve suspeitas levantadas sobre Antonio
Anastasia (PSDB-MG) e, mais recentemente, Aécio Neves (PSDB-MG), mas as
especulações nos bastidores apontam que ambos teriam ficado fora da
relação por falta de indícios que justificassem uma investigação.
Além do presidente da Câmara, a relação dos deputados que podem se
tornar alvo de inquérito inclui Simão Sessim (PR-RJ) Nelson Meurer
(PR-PR), João Pizzolatti (PP-SC), Luiz Fernando Faria (PP-MG), Alexandre
José dos Santos (PMDB-RJ) e Vander Loubert (PT-MS).
Alguns nomes citados e que podem constar da relação já não detêm mais
mandatos parlamentares. É o caso de André Vargas (ex-PT-PR), Luiz
Argôlo (SDD-BA), Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Aline Corrêa (PP-SP). Sem
contar Sérgio Guerra (PSDB-PE), já falecido. Outro citado que se
enquadra nessa categoria seria o ex-presidente da Câmara Henrique
Eduardo Alves (RN), que pode ter saído da lista por falta de indícios
que amparem o aprofundamento das investigações.
Na lista de nomes citados nos depoimentos de Paulo Roberto Costa e
Alberto Youssef aparecem também dois governadores no exercício dos
cargos, Luiz Fernando Pezão, do PMDB do Rio, e Tião Viana, do PT do
Acre. E ainda três ex-governadores: Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Roseana
Sarney (PMDB-MA) e Eduardo Campos (PSB-PE), este último ex-candidato a
presidência, que morreu em acidente aéreo no meio da campanha do ano
passado. Os ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda) e Mário Negromonte
(Cidades) também chegaram a ser mencionados no decorrer das
investigações.
Oficialmente, os 54 políticos que serão investigados em 28
inquéritos devem ter seus nomes revelados nesta sexta-feira, quando o
ministro Teori Zavascki, atendendo ao pedido do procurador Rodrigo
Janot, retirará os sigilo imposto pelos contratos de delação premiada
firmados por Costa e Youssef com o Ministério Público Federal do Paraná.
Oficialmente, os 54 políticos que serão investigados em 28 inquéritos
devem ter seus nomes revelados nesta sexta-feira, quando o ministro
Teori Zavascki, atendendo ao pedido do procurador Rodrigo Janot,
retirará os sigilo imposto pelos contratos de delação premiada firmados
por Costa e Youssef com o Ministério Público Federal do Paraná.
IG
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