Doleiro da Operação Lava-Jato tembém decide fazer delação premiada
Flagrado na Operação Lava-Jato da Polícia Federal, o doleiro Alberto
Yousseff decidiu fazer a delação premiada em troca de uma redução do
tempo de punição em caso de condenação. A informação foi repassada à
reportagem nesta terça-feira (23) pelo advogado de Youssef, Antônio
Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
O acordo de Youssef com a Justiça deverá ser semelhante ao do
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que decidiu colaborar com
as investigações do MPF (Ministério Público Federal). Youssef havia
contratado Kakay para atuar no processo que corre no STJ (Supremo
Tribunal de Justiça). Kakay lamentou a decisão de Yousseff.
“Mal entrei e já saí e porque fui contratado para trabalhar no STJ, o
habeas corpus chegou no STJ agora e fui informado hoje que ele quer
fazer a delação. Não trabalho com delação. É uma pena. Tenho uma tese
belíssima para fazer a defesa.”
Segundo Kakay, Youssef “está submetido a condições sub-humanas”, mas
avisou que “ele tem o direito de fazer o que ele quiser”. O advogado
afirmou que existe “uma subversão do Judiciário”.
“Eles prendem as pessoas durante seis meses, submetem as pessoas a
hipóteses sub-humanas de condições na cadeia e a pressão é muito grande.
[...] Mas eu não trabalho com delação. A partir do momento que ele
começar a delação, eu saio do processo.”
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