Vereador pede ajuda ao papa para manter bíblias em bibliotecas
O vereador e presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Preto, Paulo Pauléra (PP), anunciou que enviará uma carta ao Papa criticando a medida tomada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). O MPSP entrou com uma ação para declarar inconstitucional a exigência de bíblias em repartições públicas da cidade, conforme informou a Procuradoria-Geral de Justiça nesta quarta-feira (6).
A Procuradoria-Geral de Justiça busca proibir a prefeitura de São José do Rio Preto de manter bíblias em repartições municipais. Desde 2004, exemplares da Bíblia são encontrados em prédios públicos, acervos e bibliotecas do município. Segundo o MP, essa prática viola o princípio da laicidade do Estado.
– Não compete ao Poder Legislativo municipal criar preferência por determinada religião ao exigir a disponibilização de exemplares de Bíblia Sagrada nos acervos e bibliotecas mantidos pelo Poder Público Municipal – afirma o documento enviado à Justiça.
Uma segunda ação de inconstitucionalidade foi apresentada, questionando a presença de bíblias em braile nas repartições públicas, uma medida aprovada pela administração municipal em 2009. A prefeitura não oferece outras opções de leitura de livros sagrados de diferentes religiões.
Em entrevista ao UOL, Paulo Pauléra afirmou que recorrerá ao Papa Francisco. Ele declarou que uma carta será escrita e enviada ao líder máximo da Igreja Católica, expressando sua insatisfação com a ação do MPSP. Lideranças do partido de Pauléra na região consideram a ação um “absurdo”.
– Vou escrever um ofício para o Papa. Não só para ele, mas também para o presidente da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). Ninguém nunca reclamou das bíblias nas bibliotecas. É uma perda de tempo porque não constrange ninguém, então essa ação é descabida – declarou Paulo Pauléra.
pleno.news
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