10/12/2017

BRASÍLIA: ALCOÓLICOS ANÔNIMOS

Alcoólicos anônimos: Presidência paga bebida no cartão corporativo e oculta gasto
 
Beto Barata / Presidência da RepúblicaA Presidência da República usou cartão corporativo para comprar bebidas alcoólicas mais de 100 vezes, entre 2014 a 2017, e trata informações sobre esses gastos como sigilosas. O valor e a quantidade de uísque, vinho e cerveja comprados com dinheiro público não podem ser divulgados por uma “questão de segurança nacional”, segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República.
O Metrópoles protocolou um pedido via Lei de Acesso à Informação para saber quanto em dinheiro a Presidência destinou a esse fim, no período. Mas, apesar das regras que garantem transparência nos gastos públicos, o portal recebeu esta resposta:

“Informo que as aquisições de bebidas alcoólicas para eventos nos palácios presidenciais ocorrem por meio de processos de suprimento de fundos, movimentados pelo Cartão de Pagamento do Governo Federal. Tais processos encontram-se classificados com base no §2º do art. 24 da Lei 12.527/2012. Dessa forma, conforme a legislação retrocitada, cumpre-nos comunicar que o acesso a esses dados não poderá ser franqueado, uma vez que necessitam ficar sob sigilo até o término do mandato do atual governante.”

"Segurança Nacional é a desculpa de praxe, uma praga da qual todo governante se aproveita para se esconder"
Alberto Nogueira Júnior, juiz

"Se é para fazer jantar com parlamentar e defender reforma da Previdência, que façam isso sem ônus para o contribuinte. O país tem um déficit de R$ 159 bilhões no orçamento. Que os políticos fiquem só na água e no cafezinho"
Gil Castelo Branco, do Contas Abertas

“O grande problema do cartão corporativo é o controle. Quem deveria fiscalizar são os órgãos internos da própria Presidência, mas não há um conselho de ética, como na Câmara, com essa função"
Alberto Nogueira Júnior, juiz

Metrópole

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