Nos primeiros raios de sol surgidos no horizonte, neste domingo (22), me surpreendi com algumas fotos que me diziam ser da "Feirinha do Planalto". No primeiro momento fiquei feliz, pelo bairro e pelos feirantes que precisam trabalhar para manterem-se vivos nessa selva de desigualdades sociais. Como resido próximo a feirinha resolvi dar uma espiadinha básica, mas me decepcionei com o que vi e com o que ouvi dos poucos feirantes remanescentes da feirinha de sucesso do passado.
Como mostra a foto, conta-se numa mão o número de "feirantes" que já estão trabalhando há três domingos seguidos. Conversei com um deles e não acreditei nas suas respostas quando indagado por mim.
Perguntei há quanto tempo a feirinha tinha voltado a funcionar, o feirante, que não vou identificar, me disse que esse já era o terceiro domingo. O prefeito teria feito uma reunião no bairro com os feirantes e a secretária, que no momento ele não soube dizer o nome, e teria feito várias restrições ao que deveria ser negociado. Como assim, é uma feira ou uma farmácia, onde só pode-se vender um produto, o remédio?
Pois bem, segundo ordens expressas da prefeitura a feirinha do Planalto não poderia vender frango, carne, ovos, roupas (bazar) e outras mercadorias que ele também não soube relatar no momento. Ah, lembrei de outra, a feirinha também não poderia contar com a tradicional "Banquinha de Picado".
As vezes as pessoas magoadas falam com ar de revolta, e para não fazer juízo de valor antecipadamente eu vou procurar saber da secretaria responsável se realmente é assim que tem que funcionar e por quê!
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