Sem ajuda, mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália
Mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália se não receberem ajuda de emergência devido à enorme seca no país associada às consequências da guerra civil, alertou hoje (8) a Organização das Nações Unidas (ONU).
“O nível de desnutrição, principalmente das
crianças, é muito preocupante, aproximadamente 350 mil menores de cinco
anos sofrem de desnutrição aguda”, declarou o coordenador da ajuda
humanitária da ONU na Somália, Peter de Clercq, em nota.
A
situação faz lembrar que há quatro anos, quando a combinação de uma seca
de grande amplitude com a guerra civil provocou a morte devido à fome
de mais de 250 mil pessoas.
Atualmente, cerca de 950 mil pessoas
“lutam diariamente para se alimentarem” e 4,7 milhões de somalis, perto
de 40% da população, necessitam de ajuda humanitária, segundo os dados
recolhidos pela Unidade de Análise da Segurança Alimentar e da Nutrição
da ONU e a Rede de Alerta Precoce da Fome.
O fenômeno meteorológico El Niño
é este ano mais intenso, tendo provocado no Chifre da África inundações
desastrosas para a agricultura no sul da Somália e uma enorme seca no
norte.
A ONU pediu um financiamento de US$ 885 milhões para
enfrentar a crise que pode piorar nas regiões da Puntlândia e da
Somalilândia.
A situação humanitária na vizinha Etiópia também é
preocupante, segundo a ONU. Pelo menos 10,2 milhões de habitantes
precisam de ajuda alimentar, número que poderá duplicar nos próximos
meses se não forem tomadas medidas adequadas.
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