01/04/2023

CHEFES DO TRÁFICO MIGRAM DAS PERIFERIAS DA AMAZÔNIA PARA OS MORROS DO RJ - POR QUE?

Das periferias da Amazônia aos morros cariocas: por que chefes do tráfico migram do PA ao RJ

Uma megaoperação no Complexo do Salgueiro expôs forte presença de paraenses nos morros do Rio de Janeiro e que estão ligados ao tráfico de drogas. Foram 13 mortos, nove eram naturais do Pará, da quadrilha do paraense Leonardo Costa Araújo, o Léo 41, um dos criminosos mais procurados do país - também morto na operação. A Polícia do RJ estima que 150 paraenses estão escondidos nas favelas cariocas.

Esta é a primeira de uma série de três reportagens sobre o crime organizado, suas redes interestaduais e rotas de tráfico, que partem da Amazônia Legal, mais especificamente do Pará, para o resto do país.

Nesta reportagem, você vai entender fatores que podem ter influenciado para migração de traficantes paraenses ao Sudeste. Um deles foi o massacre no presídio de Altamira, que reordenou a atuação da polícia no combate à criminalidade, segundo estudiosos.

Do massacre à intervenção penitenciária

Era 29 de julho de 2019. O padre Patrício Brennan, da Pastoral Carcerária de Altamira, no sudeste do Pará, acompanhava familiares de detentos mortos enquanto a perícia montava uma força-tarefa para identificar 62 corpos. As mortes ocorreram dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, em um confronto entre duas facções criminosas rivais - o Comando Vermelho (CV) e Comando Classe A (CCA).

"É uma coisa que a gente não esquece, é triste o que aconteceu e é um dia que não deve ser esquecido", afirmou.

O episódio, que terminou com uma ala inteira destruída, é a segunda maior tragédia carcerária da história do Brasil, atrás do massacre no Carandiru. Foram 58 detentos mortos dentro do presídio, a maioria, por asfixia. Dezesseis deles foram decapitados. Enquanto faccionados eram transferidos, um dia após o massacre, outros quatro foram mortos dentro de caminhão-cela.

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