26/07/2022

LAUDO MOSTRA QUE BOLSONARISTA DEU 3 TIROS, PETISTA QUE MORREU DEU 13 TIROS

Jorge Guaranho disparou 3 vezes, e petista deu 13 tiros

Laudo de confronto balístico do Instituto de Criminalística do Paraná mostra que o policial bolsonarista Jorge Guaranho atirou 3 vezes contra o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, que revidou com 13 disparos. Arruda foi morto a tiros na própria festa de aniversário por Guaranho. O documento foi anexado nesta terça-feira (26) ao processo que investiga o crime.

A comemoração tinha como o PT e o ex-presidente Lula. O crime foi em 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Veja outros detalhes mais abaixo.
Pistolas

Conforme o laudo, foram avaliadas duas pistolas e projéteis encontrados na cena do crime. Um dos projéteis, diz o documento, estava no peito da vítima.

A arma usada por Guaranho, segundo documento, é uma pistola semiautomática calibre .40. Nela constava um Brasão de República com a inscrição Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen).

Na arma dele foram encontrados 13 projeteis intactos, segundo o laudo. Guaranho é policial penal federal.

A outra pistola, também semiautomática de calibre .380 com Brasão da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu foi usada por Arruda. Segundo o laudo, ambas as armas “encontravam-se externamente em regular estado de conservação.”
Terra no carro de Guaranho

Um outro laudo anexado ao processo na sexta-feira (22) confirmou que resquícios de terra foram encontrados no carro do policial bolsonarista Jorge Guaranho.

Imagens de câmeras de segurança mostraram Marcelo Arruda pegando algo do chão e jogando contra o carro de Guaranho, quando eles discutiram pela primeira vez, antes da troca de tiros.

O documento da Polícia Científica não cita pedras, e fala apenas em “sujidades”. A perícia no carro de Guaranho foi feita em 14 de julho.

Antes da conclusão do laudo, a delegada Camila Cecconelo disse em coletiva que Arruda , ao sair da festa para discutir com Guaranho, arremessou um “punhado de terra e pedregulhos” no carro do guarda municipal.

Em 13 de julho, em entrevista à RPC, a esposa de Guaranho também disse que Arruda jogou “terra e pedras no carro”.

Guaranho se tornou réu após a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná ser aceita pela Justiça.

Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum.

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